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8 análises sobre a queda do PIB e sua relação com a indústria cervejeira

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Depois de PIB brasileiro cair 0,2%, industriais do setor avaliam que mercado mainstream foi mais afetado (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

No momento em que o mercado cervejeiro realizava o seu maior evento em termos industriais, apontando importantes soluções tecnológicas e concretizando a premissa do enorme potencial de expansão das artesanais, o IBGE divulgou nesta quinta-feira que o PIB brasileiro teve resultado negativo de 0,2% no primeiro trimestre do ano. Impossível não pensar na questão: como o péssimo momento político e econômico estaria interferindo em um segmento que cresce dois dígitos desde o início da década?

Para entender mais sobre como se dá essa relação entre macroeconomia e mercado cervejeiro, o Guia procurou escutar no setor justamente quem faz essa “ponte” com a indústria: os fornecedores que estavam expondo na Brasil Brau.

As percepções são as mais distintas possíveis. Mas, aparentemente, uma conclusão parece quase unânime: se a crise econômica afeta diretamente o mercado de cerveja mainstream, as artesanais parecem sentir um pouco menos os efeitos da turbulência.

Confira, a seguir, 8 análises da indústria cervejeira sobre a queda do PIB e sua relação com o setor.

Anderson da Silva Carvalho, vendedor técnico da Mcpack
Quando falamos em mercado de cerveja, precisa pensar que é algo muito amplo. Hoje podemos falar que existem dois mercados dentro da indústria brasileira de cerveja: o mainstream e o artesanal. Existe uma tendência no Brasil e no mundo de diminuição dessa cerveja de massa, dessa cerveja de grande produção. E o contrário ocorre com a artesanal, que está crescendo. Pelo que temos visto, há uma grande tendência de evolução no mercado de artesanal, os próprios números de registro no Mapa (Ministério da Agricultura) mostram isso. Então, há uma tendência de crescimento de mercado. Para nossa empresa, o mercado está bem fomentado, estamos em expansão.

Cristiano Cesar Nascimento, sócio-diretor da Hiper Centrifugation
O que a gente vem percebendo nos últimos meses é um retardo de investimento dos clientes, não só de cerveja, mas da indústria em geral. Esperamos que o mercado volte a crescer nos próximos meses.

Francis Zandona, diretor da Palenox
A gente vem há alguns anos com um cenário bem instável e, com a mudança de governo, as coisas ainda não estão firmes. O ano começou interessante, depois deu uma travada e agora as coisas estão soltando. Mas foi uma notícia negativa e que, com certeza, influencia. Vamos aguardar o que acontecerá, mas é algo negativo e que precisamos aprender a lidar e a se adaptar. O mercado artesanal vem crescendo, mas é algo supérfluo. Quando diminui capital, as pessoas cortam o que não é essencial. Então precisa fazer algo diferente e que atraia para que esse consumo siga aumentando.

João Carlos Ortigosa, diretor comercial da Memo
Em relação ao mercado, ele vem em uma crescente desde 2010 por conta das cervejas especiais. Então, a queda do PIB não afeta diretamente o mercado cervejeiro, que ainda está começando, ainda está crescendo no Brasil. A tendência é crescer cada vez mais. Hoje temos mais de mil cervejarias registradas em nosso cadastro da Chopeiras Memo. É um mercado fabuloso e o público, em geral, está cada vez mais exigente, está procurando um chope, uma cerveja, diferenciados. Então, quando pensamos nesse mercado de qualidade, de puro malte, a queda não afeta.

Juliano Rost, mestre-cervejeiro e responsável pela área de especialidades da Prozyn
O mercado cervejeiro mainstream está andando de lado, isso já era esperado, porque o mercado cervejeiro está totalmente ligado à economia. Já o mercado craft cresce, porque a base é pequena. Mas é um mercado que a gente acredita e aposta. Hoje temos seis mestres-cervejeiros na Prozyn, para conseguir atender todo esse mercado. Atendemos tanto os grandes, as multinacionais, quanto os pequenos – e pequenos no nome, porque vêm crescendo muito.

Leandro Spaniol, coordenador de marketing da Zero Grau
Acho que o momento econômico atual requer certo cuidado, todos os setores acabam sofrendo com essa movimentação da economia.

Leandro Schimanski, vendedor da Theodosio Randon
O setor cervejeiro vem oscilando bastante. Tem momentos de altos e baixos porque o principal fator é a concorrência, tanto no ramo de cervejarias como no de fornecedores de equipamentos. Alguns fatores impactam nisso, como a economia, mas há outros fatores também, como a questão do consumo. O consumidor ainda opta por tomar mais cerveja no verão, ainda que a artesanal esteja se tornando algo a se propagar no Brasil. Vai demorar um pouco para o consumidor entender que ele também pode tomar uma cerveja diferente no inverno, uma cerveja mais alcoólica. Então, isso também impacta.

Lucca Della Monica, sócio-fundador da Realli
Dentro do setor cervejeiro, eu diria que as cervejas mainstream – Ambev, Heineken – tiveram bastante queda. A gente vê o mercado craft crescendo não de uma maneira tão rápida quanto as mainstream cresceram antigamente, mas ainda assim é impressionante como ele cresceu mesmo em um cenário de crise, como essa que tivemos de 2017 a 2019.

1 Comment

  • Joca Reply

    1 de junho de 2019 at 13:13

    Existe, nos depoimentos, unanimidade quanto ao crescimento das crafts em detrimento ao mercado de marcas mainstream. Acredito em um movimento de transição entre consumidores. Crescimento de um lado e estagnação de outro. Uma irrisória queda das mainstream pode significar grandes impactos no mercado craft. Concordo que a tendência será uma maior concorrência entre fornecedores da cadeia, assim como outros setores buscam dividir este bolo com tradicionais players do mercado cervejeiro. Não por isso seguimos firmes no propósito de oferecer vitrine para empresas fornecedoras e empreendedoras neste fantástico Trend da indústria da Cerveja.
    Joca – Executivo de Contas / ForBeer Feira para Indústria da Cerveja.
    http://www.forbeer.net.br

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