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Herdeiros de Nassau: A estratégia “bairrista” da Capunga para ganhar mercado

Para Victor Lamenha, diretor da Capunga, novo rótulo fará cervejaria disputar mercado com grandes marcas nacionais (Crédito da imagem: Armando Artoni)

Um lançamento recente no mercado brasileiro chamou a atenção por trazer uma arrojada estratégia comercial. Trata-se da Pilsen Praia, apresentada no final de julho pela Capunga com o intuito “brigar diretamente com grandes rótulos de aceitação nacional”, segundo informou a própria cervejaria pernambucana na época.

A cerveja, uma puro malte com sabor mais leve e refrescante, envazada em garrafas de 330 ml, 600 ml, 1 litro e latas de 473 ml, surge como ponto central da ampliação de uma estratégia já existente. Depois de chegar em 150 pontos de venda em Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, a Capunga mira agora todo o mercado nacional.

“A Capunga sempre teve em sua estratégia atrair novos consumidores para o segmento de cervejas artesanais e identificamos na Pilsen Praia a oportunidade perfeita para nos mantermos neste foco”, conta Victor Lamenha, diretor comercial da Capunga, ao Guia da Cerveja.

Para atingir o objetivo, a cervejaria já começou a reforçar o canal de distribuição, visando grandes redes de supermercado. Aposta, também, em parcerias para aumentar sua capacidade de produção.

“Em Pernambuco e em outros estados do Nordeste, temos uma distribuição ampla e pretendemos atingir o mercado nacional através das grandes redes de supermercados, com as quais estamos finalizando as negociações. Vamos conseguir atingir esse objetivo no médio prazo, com um projeto de ampliação fabril que estamos concluindo em parceria com o Banco do Nordeste”, detalha Victor.

Artesanal, sim
A tentativa de ampliar o foco, contudo, não deve mudar as características da Capunga. O diretor comercial garante que, apesar do intuito de conquistar um mercado maior, a cervejaria seguirá como “artesanal”.

“Nós seguiremos fiéis a nossa origem artesanal, porém com planos, metas e objetivos grandiosos. Ainda somos muito pequenos, mas com muita vontade de, cada vez mais, buscar nosso espaço neste mercado tão competitivo e com os maiores players do mundo.”

Embora o foco seja na Pilsen Praia, todo o portfólio auxiliará na nova estratégia. Tanto que dois rótulos atrelados ao paladar artesanal – a Capunga IPA Cumade Florzinha e a Capunga Double IPA Bala de Prata – foram lançados recentemente em garrafas de um 1 litro.

“É o complemento dessa estratégia”, explica Victor. “Visamos atingir todos os públicos, aumentar nossa participação na prateleira e oferecer opções de consumo variadas para o consumidor. E já estamos com a Pilsen Praia no mercado.”

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Essa fidelidade ao termo artesanal, completa ele, poderá ser verificada na manutenção da qualidade da cerveja. “Enxergo com muita clareza essa dinâmica: a qualidade, a variedade e complexidade de aromas e sabores, o cuidado e o carinho que colocamos dentro da garrafa, que só as cervejarias artesanais conseguem colocar.”

Da Capunga para o mundo
Mas não é apenas em relação ao rótulo “artesanal” que a cervejaria promete se manter fiel. Mesmo que se expanda e conquiste o país, a Capunga avisa que não esquecerá jamais de suas origens. Origens que remontam a uma região do Recife chamada de… Capunga.

Foi nessa localidade onde dois dos sócios da marca – Victor entre eles – passaram boa parte de suas vidas. E foi exatamente na Capunga onde Maurício de Nassau, o célebre governador da colônia holandesa no Nordeste, sediada no próprio Recife, em meados do século XVII, fundou a primeira cervejaria da América – ela seria, depois, comandada pelo também holandês Dirc Dicx.

O próprio nome carrega, então, um intuito quase “nassauniano” da cervejaria: levar um produto local para o restante do país. E, especialmente, o que parece ainda mais decisivo: a aposta no bairrismo pernambucano para atingir o objetivo.

“O bairrismo do pernambucano é o nosso maior trunfo. Sempre confiamos e contamos com ele em todo projeto que lançamos”, garante o pernambucano Victor, sempre fiel a suas origens.

“Desde o início, três anos atrás, até hoje, com nossas curtas ou nenhuma verba de marketing, o valor que o pernambucano dá aos bons produtos de sua terra é o que nos faz crescer de forma relevante, significativa e contínua e sempre nos mantém motivados a continuar apostando em novos produtos e projetos. Por isso o bairrismo do pernambucano é simplesmente tudo para a Capunga.”

 

Leia, também, no Guia da Cerveja:

Todos a bordo: O que levou a Eisenbahn a apostar em uma nova estratégia

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