Cervejaria faz greve e pode faltar cerveja em Portugal
Os tempos podem ficar difíceis em Portugal. Funcionários da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), a maior fabricante de cerveja do país, detentora da marca Sagres e controlada pela Heineken, entraram em greve nesta segunda-feira. A notícia alerta o mercado para o risco da falta de cerveja no médio prazo.
Segundo o sindicado de trabalhadores da categoria, a adesão à greve é total por parte dos funcionários. Segundo o jornal “Expresso”, os protestos são por aumentos salariais da ordem de 4% e plano de carreira, e as paralisações ocorrerão durante toda a semana, em três períodos do dia e durante um total de duas horas.
Rui Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), alerta ainda que as paralisações podem se tornar mais intensas caso as negociações com a empresa não avancem.
“Se até às 10h30 de terça-feira não houver nenhuma tentativa de negociação por parte da empresa, os trabalhadores vão também deixar de fazer trabalho suplementar durante todo o ano, até que a empresa os chame novamente para fazer uma negociação séria”, afirmou ele. “Afigura-se aqui uma situação de impasse tremendo, e vai começar a faltar a cervejinha no mercado”, completou.
No momento, não há notícias de possíveis desfalques nos estoques. No entanto, se a greve “emplacar” como promete o sindicato, é possível que problemas de abastecimento possam surgir no verão, época de maior consumo.
Segundo o sindicato, algumas rodadas de negociações já foram feitas com a diretoria da empresa. Mas as propostas apresentadas ficaram abaixo das expetativas. O porta-voz da SCC, Nuno Pinto de Magalhães, afirmou que a empresa está aberta para ao diálogo, mas que, devido ao início da greve, negociações estão “pendentes” por enquanto.
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