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Ações da Ambev acompanham queda da Bolsa e caem 18% em março

Apesar do resultado ruim, queda das ações da Ambev em março foi inferior ao do Ibovespa, com declínio de 30%

A pandemia de coronavírus já levou o mundo a superar a marca de 1 milhão de casos da doença e praticamente paralisou a economia. Não foi diferente no Brasil, onde a maior parte da população está em quarentena há duas semanas. Esse necessário isolamento social e a virose causaram efeitos diretos em diferentes setores, algo que pode ser constatado pela baixa generalizada das ações. No país, o papel da Ambev (ABEV3) fechou março com queda de 18,02% na Bolsa no somatório do mês.

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Após concluir fevereiro cotada a R$ 14,54, na sequência da divulgação do seu balanço anual, a ação da cervejaria encerrou março com o preço de R$ 11,92. Nos dois primeiros pregões de abril, por sua vez, o papel registrou alta e terminou a última quinta-feira cotado a R$ 11,99 – ainda assim bastante abaixo do patamar anterior à crise do coronavírus.

A queda no preço das ações da Ambev se insere no contexto de um declínio anda mais brusco da Bolsa de Valores de São Paulo, a principal do mercado nacional. O índice Bovespa, formado pelas ações com maior volume negociado, terminou fevereiro em 104.171,57 pontos. Já em março, fechou com 73.019,76. Foi uma redução de 29,90%, que se ampliou no começo de abril: o indicador encerrou a última quinta-feira com 72.253,46 pontos.

Vale lembrar que o circuit breaker, o “botão do pânico” da Bolsa, utilizado quando há uma queda do Ibovespa superior a 10%, foi acionado seis vezes para interromper o pregão em março, nos dias 9, 11, 12 (duas vezes), 16 e 18.

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Declínio das ações fora do Brasil
A queda das ações do mercado cervejeiro em março também ocorreu no cenário internacional. Na Europa, a ação da Anheuser-Busch InBev – empresa fruto da fusão da belga Interbrew com a Ambev – fechou o terceiro mês de 2020 cotada a 40,47 euros. Como havia terminado fevereiro valendo 50,73 euros, a perda de valor foi de 20,22% no mês.

Já a redução do preço do papel da Heineken foi um pouco menor. Ele começou o mês custando 90,22 euros e encerrou março com valor de 76,16 euros. A queda, portanto, foi de 15,58% em um mês no mercado europeu.

Contexto de desemprego
A queda nas bolsas e também nas ações das principais cervejarias do mundo se dá em um cenário de números alarmantes. Afinal, além de ter superado a marca de 1 milhão de casos, o coronavírus já é responsável pela morte de 50 mil pessoas. E a economia “real” já vem sendo afetada, como indicam números de desemprego nos Estados Unidos divulgados nas últimas horas.

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O relatório de empregos urbanos do país (payroll) registrou o fechamento de 700 mil postos de trabalho em março em território norte-americano. Esse dado se soma aos mais de 6 milhões de pedidos de seguro-desemprego no país nas duas últimas semanas. A expectativa é de que os dados brasileiros, a serem divulgados nas próximas semanas, acompanhem essa desaceleração da economia e do aumento de desemprego.

As ações do governo federal, afinal, não têm ajudado. O presidente Jair Bolsonaro permitiu a adoção de cortes de salários e da redução da jornada, mas o apoio aos trabalhadores, especialmente os informais, ainda é modesto: a lei de auxílio mensal de R$ 600 até foi sancionada, mas ainda não há uma definição sobre quando serão iniciados os pagamentos.

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