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Mesmo na melhor Bolsa desde 2019, ação da Ambev cai pelo 4º ano seguido

Cervejaria enfrentou desafios, como queda do consumo e desconfianças no mercado financeiro brasileiro em 2023

Apesar do melhor desempenho do Ibovespa desde 2019, a Ambev registrou em 2023 o quarto ano consecutivo de queda no preço da sua ação na B3, a bolsa de valores brasileira. O valor do papel da cervejaria chegou a R$ 13,73 na última sessão do último ano, o que representa queda de 5,44% em relação ao encerramento de 2022.

Desde 2019, quando a ação terminou cotada a R$ 18,67, a Ambev tem enfrentado quedas anuais. Em 2020, o preço encerrou em R$ 15,65, e em 2021, em R$ 15,42. Agora, observa-se uma redução de R$ 0,79 em comparação aos R$ 14,52 do último pregão de 2022.

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Esta nova queda anual ocorre apesar de um leve aumento no preço das ações da Ambev em dezembro, registrando um acréscimo de 0,29% em relação aos R$ 13,69 de novembro. Além disso, acontece em um ano de recuperações judiciais, tanto da Americanas, com quem compartilha alguns dos seus principais acionistas, o que provocou desconfianças em agentes do mercado financeiro, como do Grupo Petrópolis, sua concorrente no mercado cervejeiro do Brasil, o que poderia ajudá-la a conquistar ainda mais consumidores.

Além disso, 2023 foi marcado pelo acordo entre a Ambev e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para limitar seus contratos de exclusividade com bares. E apesar de um aumento de 6,4% no lucro líquido nos primeiros 9 meses em comparação com o mesmo período de 2022, houve queda de 1,5% no volume de bebida comercializada, o que causa dúvidas sobre possibilidade de expansão das vendas, embora a alta da rentabilidade satisfaça o mercado.

Ainda assim, o saldo foi negativo, principalmente quando comparado com o desempenho do Ibovespa, que saltou 22,28% em todo o ano, para 134.185,23 pontos, depois de uma alta de 5,38% em dezembro. Foi o melhor resultado anual do índice desde 2019, desempenho que se torna ainda mais notável, por fatores externos, como a tensão geopolítica, por confrontos na Ucrânia e no Oriente Médio, crescimento abaixo da média da economia chinesa e alta dos juros nos Estados Unidos.

O bom desempenho da economia brasileira no primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, aliado à perspectiva de queda contínua dos juros, parece ter influenciado positivamente o Ibovespa. Entre as 86 ações que compõem o índice, 58 tiveram alta em 2023, enquanto outras 28, incluindo a da Ambev, apresentaram queda.

Destacam-se três ações com alta superior a 100% no ano: Yduqs (123,19%), CSN Mineração (118,84%) e Ultrapar (114,66%). As maiores quedas foram observadas em Casas Bahia (81,03%), Pão de Açúcar (40,67%) e Minerva (38,88%).

Fora do Brasil
Em contraste com o cenário nacional, a ação da Ambev em Nova York apresentou um aumento de 2,94% em 2023, fechando a semana passada a US$ 2,80, em comparação com os US$ 2,72 do final de 2022 e os US$ 2,74 de novembro.

Este desempenho assemelha-se ao das principais empresas cervejeiras na Europa, com a AB Inbev encerrando o ano a 58,42 euros, um aumento anualizado de 3,82%, e o Grupo Heineken com uma valorização ainda maior, de 9,58%, atingindo o preço de 91,94 euros.

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