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Dois anos após mortes, Backer é multada em R$ 5,1 mi por infrações pelo Mapa

backer mapa
Apesar da punição, marca foi liberada recentemente para produzir cervejas no local e comercializá-las

Mais de dois anos após as primeiras das dez mortes pelo consumo de cerveja contaminada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a aplicação de multa de R$ 5.099.193 na Backer em função das infrações administrativas relacionadas ao caso.

O Mapa explicou ter finalizado os procedimentos de apuração através da sua equipe de auditores fiscais. E além da punição financeira, também decidiu pela inutilização dos produtos apreendidos e a interdição parcial da fábrica da Backer. De acordo com o ministério, a empresa “não pode mais recorrer da multa no âmbito administrativo, pois todos os recursos já se exauriram”.

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“As penalidades foram impostas devido ao estabelecimento ter ampliado e remodelado a área de instalação industrial registrada, sem devida comunicação ao Mapa; deixar de atender intimações, dentre elas a de recolhimento dos produtos; alterar a composição de cervejas sem a prévia comunicação; comercializar cerveja sem devido registro do produto e por produzir, engarrafar e comercializar 39 lotes de cerveja com presença de monoetilenoglicol ou dietilenoglicol”, afirma o Mapa, detalhando as infrações cometidas pela Backer.

O Mapa lembra que a apreensão dos produtos realizada nas dependências do estabelecimento e no comércio em Minas Gerais contabilizaram um total de 79.481,34 litros de cerveja com presença dos contaminantes, de várias marcas e vários lotes, sendo deste total 56.659 garrafas, que ofereciam riscos aos consumidores.

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Logo após a eclosão dos primeiros casos de contaminação de cervejas da Backer, o Mapa interditou a fábrica da cervejaria diante da confirmação, por análises realizadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, da presença de dietilenoglicol em rótulos da marca.

O caso
O anúncio da multa vem algumas semanas depois da autorização, também pelo Mapa, de produção e comercialização de cervejas fabricadas na planta industrial da Backer. Por lá, a atividade produtiva pode acontecer em duas adegas. Para dar esse aval, o ministério diz que estão sendo atendidas as exigências para garantir a segurança dos produtos, referentes às condições dos tanques de fermentação e equipamentos.

“Para o retorno, a cervejaria substituiu em seu processo o fluido refrigerante por solução hidroalcoólica – solução que contém água e álcool. Desde novembro de 2021, a empresa vem produzindo cerveja no parque fabril em formato teste para que os produtos fossem submetidos a novas análises”, explica o Mapa.

Diante da liberação, a Cervejaria Três Lobos, proprietária da marca Backer, anunciou que voltaria a produzir rótulos no local. A cervejaria também conta com um site em que inclui cervejas Backer dos estilos Pale Ale, Trigo e Pilsen no seu portfólio. Mas tem centrado a divulgação nos rótulos que levam o nome Capitão Senra, que remete a uma famosa cerveja da marca.

Na Justiça, dez pessoas, incluindo os três sócios da Backer, se tornaram réus, em outubro de 2020 pelo envolvimento na adulteração de bebidas alcoólicas e uma por falso testemunho. Uma dessas pessoas faleceu no mês seguinte. O processo criminal está com audiências marcadas para o fim deste mês.

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