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Cerveja fica 9,37% mais cara em 2022 e fecha ano acima do IPCA

Dezembro foi sexto mês consecutivo de alta da inflação da cerveja superior à do índice oficial

A cerveja ficou, em média, 9,37% mais cara ao longo de 2022. O índice foi apontado pelo IBGE para o item no domicílio, em geral comercializado no varejo, e ficou acima da inflação oficial do Brasil no ano passado, o IPCA, que foi de 5,79%, ainda assim estourando o teto da meta da inflação estipulado pelo Banco Central.

A elevada inflação da cerveja no último ano supera o índice de 2021, quando foi de 8,70%. Além disso, reflete a aceleração dos preços registrada ao longo do segundo semestre. Afinal, após acumular alta de somente 2,31% na primeira metade do ano, a cerveja no domicílio ficou 7,06% mais cara no segundo semestre de 2022, de acordo com o IBGE.

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Foram, aliás, seis meses consecutivos em que a inflação da cerveja veio acima do IPCA. Isso, inclusive, aconteceu em dezembro, quando a cerveja ficou 1,37% mais cara, enquanto a inflação geral foi de 0,62%.

A cerveja fora do domicílio, por sua vez, teve alta de 0,55% em dezembro. Apesar disso, terminou acima do IPCA no somatório dos 12 meses de 2022, em 6,42%. Também foi, assim, maior do que o índice de 2021, quando havia sido de 4,82%.

Alimentos e bebidas puxam inflação
Já a inflação geral de 2022, de 5,79%, ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021. Com esse resultado, ficou pela quarta vez consecutiva acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 3,5% no ano passado, com teto de 5%.

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E o grupo de alimentação e bebidas teve o maior impacto no índice, tendo fechado o ano em 11,64%. O item com maior inflação entre os 377 que compõem o IPCA acabou sendo a cebola, com alta de 130,14% em 2022. Já o leite longa vida apresentou inflação de 26,18% no ano passado.

“No caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro (-13,71%)”, explica o analista do IPCA, André Almeida.

Em dezembro, o segmento de alimentação e bebidas, com a participação da cerveja, foi o segundo que mais pesou no IPCA, em 0,66%, com destaque para a alta de 14,17% do tomate. E seu impacto foi inferior apenas ao grupo de saúde e cuidados pessoais.

Assim como se deu com a cerveja, a inflação de outras bebidas alcoólicas foi bem superior no domicílio na comparação com o índice fora do domicílio, que representa o item comercializado, em geral, em estabelecimentos como bares e restaurantes.

A inflação de outras bebidas alcoólicas no domicílio ficou em 15,59% em 2022 após alta de 0,57% em dezembro. Fora do domicílio, o item até teve deflação no último mês do ano, de 0,70%. E fechou 2022 com elevação média de 6,75% no seu valor.

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