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Cautela e concorrência: Analistas avaliam cenário para Heineken e Ambev

Analistas apontam que os volumes de venda de Heineken e Ambev têm se recuperado gradualmente no Brasil

A divulgação dos balanços de Ambev e Heineken indica um cenário de disputa acirrada no mercado brasileiro, avaliam analistas de alguns dos principais bancos de desenvolvimento. Eles têm apontado uma recuperação gradual do segmento, ainda que sigam adotando uma postura cautelosa sobre a situação das gigantes cervejeiras nos próximos meses.

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O resultado financeiro da Heineken destacou, no Brasil, que a redução no volume de cerveja vendido foi inferior ao do restante do mercado nacional. Para o desempenho melhor do que a média, pesaram os bons resultados das marcas Heineken e Amstel no mercado. E outros rótulos também estão em recuperação.

“No Brasil, o volume de cerveja caiu um dígito baixo, superando o mercado local. Os portfólios premium e mainstream cresceram dois dígitos, liderados pelo crescimento da marca Heineken de cerca de 50% e o forte momento da Amstel. O portfólio econômico caiu cerca de 17%, mas já demonstrava tendências de melhora no segundo trimestre”, aponta relatório da XP Investimentos assinado por Betina Roxo, analista de alimentos e bebidas e estrategista de ações.

O balanço também informou que a receita líquida global da Heineken caiu 16,4% no primeiro semestre, influenciada pelas quedas de 13,4% no volume total consolidado e de 3,6% na receita líquida por hectolitro.

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E a multinacional cervejeira holandesa reportou, ainda, que o impacto da crise do coronavírus foi maior no segundo trimestre, com redução de 19,4% no volume de cerveja, mas que os números negativos se concentraram em abril, sendo seguidos por uma recuperação a partir de junho.

Reação e concorrência
Essa reação é tanto vista nos números da multinacional holandesa no Brasil como nos resultados financeiros da sua maior concorrente dentro do país, que foram menos negativos do que o esperado. É o que aponta a análise da XP Investimentos ao destacar a disputa acirrada pelo mercado entre Ambev e Heineken após a divulgação dos seus balanços.

“Entendemos que a competição segue acirrada no Brasil. A Ambev reportou seu resultado do 2T20 na semana passada, com margens pressionadas conforme o esperado, mas registrou uma surpresa positiva no volume de Cerveja Brasil, que caiu apenas 1,6% YoY, versus expectativas do mercado de -15%”, avalia Betina.

A reação inesperada com o resultado da Ambev também se repetiu na análise do UBS, destacando que os “volumes surpreendem”, mas também apontando que a pandemia mantém um cenário de incerteza. E afirma que o cenário premium deverá ser o mais pressionado nesse período de crise.

“O aumento de casos, a potencial retomada das medidas de isolamento social e a incerteza macro devem restringir a estabilização do lucro”, destaca um trecho do relatório do UBS.

O banco de investimento manteve o preço-alvo de R$ 11 para a ação da Ambev, repetindo a recomendação de venda do papel, que fechou o pregão da última terça-feira na Bolsa de Valores de São Paulo cotado a R$ 13,40.

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