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Entrevista: Crise foi devastadora, mas reforçou união e turismo cervejeiro

turismo cervejeiro
Para Ana Pampillón (no centro), coordenadora da Rota RJ, crise trouxe rearranjos que podem impulsionar o turismo cervejeiro

A crise humanitária e econômica decorrente da pandemia do coronavírus trouxe efeitos devastadores ao setor. Sem bares ou eventos para escoarem seus produtos, as cervejarias se viram paralisadas e com sérias dificuldades para se manterem abertas. Aos poucos, no entanto, a tempestade arrefeceu. E, sobretudo para aquelas empresas ligadas a algum tipo de barreira erguida pela coletividade, o vento forte acabou deixando um legado que reforçou a união e a aposta no turismo cervejeiro.

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Essa é, em suma, sobre os tensos meses de pandemia, a avaliação feita por Ana Cláudia Pampillón, que é turismóloga, sommelier de cervejas, atuante no mercado de lúpulo brasileiro e coordenadora da Rota Cervejeira RJ, precursora no país do turismo cervejeiro e que engloba as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Guapimirim e Cachoeiras de Macacu.

“Com o mercado de eventos parado e com bares e restaurantes retornando aos poucos, eu acredito que o olhar para o turismo será mais apurado e construiremos grandes oportunidades. Todos tiveram que antecipar algumas ações (como delivery e e-commerce, por exemplo). Já as lições aprendidas foram muitas. No momento da dificuldade é quando estamos mais abertos ao aprendizado”, avalia Ana Pampillón.

Em entrevista exclusiva ao Guia, a coordenadora da Rota Cervejeira RJ conta também o que as marcas da região planejam como retomada para os próximos meses. E, entre outros assuntos, destaca o potencial do lúpulo e do turismo cervejeiro no país.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Ana Cláudia Pampillón, sommelier de cervejas e coordenadora da Rota Cervejeira RJ.

Passados seis meses do início da pandemia do coronavírus, é possível fazer um balanço sobre os efeitos da crise? Se sim, quais foram os principais para as cervejarias que compõem a Rota Cervejeira RJ?
O efeito inicial foi devastador e paralisante. As cervejarias se viram com tanques cheios, sem eventos, sem bares e restaurantes para comercializarem seus produtos e sem visitação turística. Com o passar do tempo, a associação que é turística foi além e começamos a ajudar de todas as formas possíveis para que as cervejarias conseguissem passar pela crise e saírem de pé. Várias ações coletivas motivaram o grupo. E a união se tornou mais forte.

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O setor turístico foi um dos mais afetados pela atual crise. Como as cervejarias que compõem a Rota têm buscado se adaptar a esse novo cenário?
O turismo foi o primeiro a parar e, com isso, a preocupação inicial era de que todos pudessem se reestruturar para continuarem operando e se programarem trabalhando em planejamentos para a retomada. Agora, com a retomada acontecendo aos poucos, todos estão preparados e se adequaram aos novos protocolos para que as visitações sejam seguras e com experiências maravilhosas.

Como você imagina que a crise sanitária vai alterar a experiência turística?
Acredito que aqueles que oferecem experiências seguras entenderão, com o tempo, esse novo cenário. E, com grupos menores, as experiências serão enriquecedoras.

Como você acredita que a crise alterou o setor cervejeiro? Que lições devem ser aprendidas desse cenário inesperado?
Com o mercado de eventos parado e com bares e restaurantes retornando aos poucos, eu acredito que o olhar para o turismo será mais apurado e construiremos grandes oportunidades. Todos tiveram que antecipar algumas ações (como delivery e e-commerce, por exemplo). Já as lições aprendidas foram muitas. No momento da dificuldade é quando estamos mais abertos ao aprendizado.

A atual crise modificou rotinas na sociedade e mesmo operações em indústrias e empresas. O que você acredita que veio com a crise e será duradouro para o segmento?
Acredito que a retomada será mais rápida do que pensávamos no início. Percebemos as pessoas muito mais interessadas em retomar ao lazer de forma segura e, com isso, todos estão sendo surpreendidos com o aumento da procura em suas cervejarias. O que ficará para sempre? Um olhar ainda mais atento ao associativismo que trabalhamos com tanto empenho.

Aos poucos, as atividades vão sendo retomadas pelos diferentes atores da sociedade. Quais são os próximos passos da Rota RJ nesse período de retomada? E o que foi feito nos últimos meses para minimizar os efeitos da crise?
Os próximos passos da associação são formar boas parcerias com as agências de viagem, com os guias, com a rede hoteleira e toda a gastronomia da região para podermos atrair cada vez mais visitantes para a Serra Fluminense. Esse trabalho de prospecção foi feito durante a pandemia.

Uma das recentes ações realizadas pelo setor na Serra Fluminense tem envolvido a produção do lúpulo na região. Como isso tem acontecido e qual é a importância dessa iniciativa?
A importância do cultivo do lúpulo é tornar as cervejarias da região autossuficientes com esse insumo. Do ponto de vista turístico, vai agregar muito valor aos roteiros as visitações nos campos de lúpulo.

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