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Com dívida de R$ 4,2 bi, Grupo Petrópolis entra em recuperação judicial

Dívidas são de R$ 2,2 bilhões com grandes fornecedores e outros R$ 2 bilhões derivados de operações financeiras e do mercado de capitais

O Grupo Petrópolis entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio e teve a sua solicitação aceita através de medida cautelar. As dívidas da companhia, produtora de cervejas como Itaipava, Petra, Crystal e Black Princess, são de R$ 4,2 bilhões.

A recuperação judicial permite que a empresa suspenda o pagamento das dívidas, as renegociando durante o período em que perdurar, evitando que a companhia precise encerrar as suas atividades. No caso do Grupo Petrópolis, as suas dívidas são de R$ 2,2 bilhões com grandes fornecedores e outros R$ 2 bilhões derivados de operações financeiras e do mercado de capitais.  

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A juíza Elisabete Franco Longobardi, da 5ª Vara Empresarial da cidade do Rio de Janeiro, concedeu tutela cautelar de urgência ao Grupo Petrópolis, determinando a liberação de recursos da companhia que estão em instituições como Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. Além disso, ela nomeou o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva-Ação, do advogado Bruno Rezende, como administradores do Grupo Petrópolis.

A solicitação em regime de urgência pelo Grupo Petrópolis foi justificada pelos efeitos que seriam provocados pelo não pagamento de uma dívida de R$ 105 milhões, que venceria na segunda-feira (27), dia em que a empresa solicitou a recuperação judicial.

“Essa parcela vence hoje, dia 27.03.2023, e seu inadimplemento provocará o vencimento antecipado das demais operações existentes com a casa bancária, resultando na pronta liquidação dos recursos travados na conta vinculada e tentativa de apropriação dos recebíveis do Grupo Petrópolis que irão ingressar na referida conta nas próximas semanas”, diz.

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A empresa defende ter sido vítima de uma “tempestade perfeita”, com perda de mercado, redução das receitas e desafios de lidar com as dívidas em função da elevada taxa de juros do Brasil. “Como em uma tempestade perfeita, a redução do volume de vendas, da receita e das margens veio acompanhada do aumento incessante da taxa Selic, utilizada sucessivamente pelo Banco Central como principal ferramenta de política monetária para combater a inflação”, diz.

Além disso, o Grupo Petrópolis afirma que precisaria aumentar o seu fluxo de caixa nas próximas semanas para conseguir arcar com suas contas. “Até o final deste mês de março, estima-se que a necessidade de capital de giro acumulada seja R$ 360 milhões superior à projetada para o período. E os números só fazem piorar: até 10 de abril, estima-se que a necessidade de capital de giro acumulada seja R$ 580 milhões superior a projetada”, afirma.

O Grupo Petrópolis cita, ainda, ter recebíveis em instituições bancárias. Eles “correspondem a R$ 215.771.487,82 (Santander), R$ 109.386.445,58 (Fundo Siena), R$ 47.569.456,72 (Daycoval), R$ 9.231.434,17 (BMG) e R$ 1.464.621,63 (Sofisa)”. Também afirma que ficaria com o caixa negativo já no início de abril caso a recuperação judicial não fosse concedida.

Atualmente, o Grupo Petrópolis produz as marcas de cerveja Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Cabaré, Weltenburger e Brassaria Ampolis (com os rótulos Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forévis); as vodcas Blue Spirit Ice e Nordka; a Cabaré Ice; os energéticos TNT Energy Drink e Magneto; o refrigerante It!; o isotônico TNT Sports Drink; a água Petra e água tônica Petra. Com oito fábricas em operação, o grupo estima ser responsável pela geração de aproximadamente 24 mil empregos diretos.

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