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Receita da Heineken cresce 25% no país no 1º tri; veja perspectiva

Companhia apresentou queda de 3% no volume de cerveja vendida no mundo

O Brasil voltou a ser um dos destaques do resultado financeiro do Grupo Heineken. Ao divulgar o seu balanço do primeiro trimestre de 2023, a companhia reportou alta de 25% na receita obtida no país, em comparação ao mesmo período de 2022. E a empresa cita preços, premiumização do portfólio e alta do volume como razões para esse desempenho.

De acordo com o Grupo Heineken, o volume de cerveja vendida no Brasil cresceu entre 8% e 10% (um dígito alto) de janeiro a março. O melhor desempenho veio dos portfólios mainstream e premium, com alta de, aproximadamente, 15%, com seu desempenho sendo puxado por Heineken e Amstel. No sentido contrário, o volume de cerveja vendida do portfólio econômico da companhia recuou entre 8% e 10% no primeiro trimestre de 2023.

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Em relatório enviado à imprensa, Thiago Duarte, analista do BTG Pactual, relata que o Grupo Heineken se declarou, durante teleconferência com analistas, muito satisfeito com o desempenho alcançado no Brasil, não só citando a sua marca principal, como também a Amstel.

Duarte avalia que o Grupo Heineken deve ser mais cauteloso com relação ao reajuste dos preços no Brasil, preocupado em não perder espaço no mercado. “Eles também fizeram um comentário interessante sobre ‘não se antecipar’ em termos de precificação, citando que capturaram muitos preços nos últimos trimestres e que precisam ser cautelosos para não deixar a concorrência ganhar espaço”, diz.

Além disso, de acordo com o analista do BTG Pactual, a companhia acredita em aceleração mais lenta de volume. “A administração não acha que os volumes vão crescer tão rápido para sempre, e tudo bem se os volumes desacelerarem um pouco agora que o negócio no Brasil se tornou relevante e ganhou escala. Para nós, isso sugere a noção de que a indústria cresceu muito e a penetração da cerveja já é alta”, afirma. “Ambos os comentários sobre preço e volume reforçam nossa visão de que a concorrência só ficará mais acirrada para a Ambev”, conclui.

Recuo global
No cenário global, o Grupo Heineken teve alta de 9,2% na receita no primeiro trimestre de 2023, chegando aos US$ 7,632 bilhões. E isso foi possível graças à alta do mix dos preços, de 12,1%. Afinal, apesar da alta no Brasil, o Grupo Heineken apresentou queda de 3% no volume de cerveja vendida no mundo no primeiro trimestre, para 54,8 milhões de hectolitros.

“Começamos o ano com um forte crescimento de receita impulsionado por preços e gerenciamento de receita disciplinado, enquanto aumentamos significativamente o investimento em nossas marcas. O desempenho dos negócios nas regiões da Europa e das Américas é encorajador, com a demanda do consumidor se mantendo melhor do que o esperado no primeiro trimestre”, afirma Dolf van den Brink, CEO do Grupo Heineken.

Entre as regiões, a América compensou, em parte, o resultado negativo de outras, com alta de 3,4%, para 20,3 milhões de hectolitros. Porém, houve queda em todas as outras regiões, com o maior declínio, de 10,5%, sendo na Ásia-Pacífico.

Esse recuo global no volume foi puxado pela cerveja premium, com queda de 5,7%, com o Grupo Heineken citando os impactos provocados pelo recuo nas vendas no Vietnã e pela paralisação da atividade na Rússia.

Ainda assim, o volume de Heineken cresceu 2,3% no primeiro trimestre de 2023, para 12,2 milhões de hectolitros, com a marca afirmando que o desempenho foi puxado por China e Brasil.  O volume da Heineken Zero, por sua vez, caiu no primeiro trimestre, em ritmo abaixo dos 5%, apesar da continuidade do crescimento das vendas em solo brasileiro.

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