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Intechtra: Abimaq e Messe se unem por feira sem “vitrines da Champs-Élysées”

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Nova feira para o setor de alimentos e bebidas englobará o universo cervejeiro e será realizada entre 29 de setembro e 2 de outubro de 2020

O mercado de feiras da indústria brasileira está acostumado a eventos grandiosos, com stands pomposos e “performáticos”, mas que nem sempre garantem a vitrine adequada de tecnologia, inovação e negócios. Foi justamente pensando nessa equação que a Messe München, uma das maiores multinacionais do setor de eventos, e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) se uniram para criar a Intechtra.

Com organização da Messe München do Brasil e apoio da Abimaq, a nova feira promete atender às reais necessidades das indústrias de alimentos, bebidas e embalagens no Brasil e na América do Sul. “Estamos trabalhando com uma empresa que confiamos muito”, garantiu João Carlos Marchesan, presidente do Conselho da Abimaq, durante o lançamento da Intechtra. “Certamente será uma associação de longo prazo.”

O evento, aliás, nasce com duas características especiais: será bianual, para “permitir a renovação das inovações”, segundo Benjamin Büttner, gerente sênior de Feiras da Messe München; e sua primeira edição será entre 29 de setembro e 2 de outubro de 2020, no São Paulo Expo, um período que “respeita o timing dos ciclos de orçamento e compra das empresas”, acrescentou Benjamin.

Derivada da combinação de termos como inteligência, inovação, tecnologia e transparência, a Intechtra reunirá expositores nacionais e internacionais dos setores de tecnologias para envase e embalagem, processamento de alimentos e bebidas, automação, matérias-primas, ingredientes, componentes e soluções logísticas. E com a garantia de que o foco será a inovação – e não apenas a grandiosidade dos stands.

“Precisamos fazer com que o evento seja importante, não apenas grande. E, nesse sentido, convido nossos possíveis e futuros expositores a mostrarem o que temos, e não uma vitrine da Champs-Élysées. Vamos colocar máquinas. Vamos mostrar nossa tecnologia”, avisou Judenor Marchioro, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas para Indústria Alimentícia, Farmacêutica e de Refrigeração Industrial (CSMIAFRI) da Abimaq.

Ricardo Cilento, diretor do Conselho de Administração da Abimaq e membro da CSMIAFRI, também assegurou que o evento terá foco na produtividade. “É muito desafiador. Não é fácil criar uma feira sem ter nada montado, e queríamos um parceiro de classe mundial”, disse. “Não queremos uma feira com stands suntuosos, mas com máquinas trabalhando, com demonstração de produtividade.”

A cerveja na Intechtra
E a garantia é de que o evento terá conexão direta com o universo cervejeiro. Diretor de eventos da Messe München do Brasil, Augusto Andrade lembra que o setor “evolui de maneira extraordinária”, passando de 356 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura em 2014 para 889 em 2018.

“Toda essa dinâmica aquece a demanda por soluções em processamento, envase, rotulagem e transporte. E elas serão justamente as especialidades da Intechtra”, pontua Augusto ao Guia.

O executivo explica que a nova feira “foi concebida pela indústria para a indústria”. E, com o apoio da Abimaq e os esforços de “nossas equipes de vendas e marketing”, segundo ele, a Intechtra reunirá os principais nomes em máquinas, equipamentos e serviços para a produção de cervejas.

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“Tudo isso explica por que a Intechtra representa uma grande oportunidade para as cervejarias no Brasil e na América do Sul”, garante Augusto.

Projeção otimista
Responsável pela drinktec, evento quadrienal realizado na Alemanha que é considerado o maior do mundo no setor de bebidas, a Messe München promete dar todo apoio à filial brasileira na realização da Intechtra. A expectativa dos organizadores, então, é bastante otimista para a primeira edição.

Segundo estimativas apresentadas durante o lançamento da feira, realizado em 21 de fevereiro no mezanino do São Paulo Expo, em evento que contou com industriais de diversos segmentos, diretores da Abimaq, da Messe München e até com o chef Olivier Anquier, a edição de 2020 terá uma área de 30 mil metros quadrados, receberá 20 mil visitas e reunirá 20 países.


Augusto Andrade, da Messe
München do Brasil

Todos os expositores estarão englobados em cinco setores distintos: Máquinas e Equipamentos; Embalagens e Máquinas para Embalagens; Logística e Automação; Componentes, Peças e Serviços; e Processos.

Para 2028, por sua vez, a projeção é de que a feira tenha 54 mil metros quadrados, registre 35 mil visitantes e englobe 40 países, tornando-se a maior do setor na América Latina.

“Acreditamos sinceramente nesse potencial. São números factíveis. Entregaremos esses resultados”, garantiu Augusto durante o evento, acrescentando que a feira planeja ser a plataforma preferida de lançamentos do mercado. “Buscaremos mais apoios setoriais e parcerias. O objetivo é consolidar a participação na Intechtra como uma grande vantagem competitiva para todos.”

Mercado sul-americano
Outro fator que reforça o otimismo dos organizadores é o potencial de crescimento do setor na América do Sul. Embora a região atravesse sérios focos de crise política e econômica, a previsão é de que as receitas do mercado sul-americano de alimentos e bebidas cresçam a uma taxa média anual de 9% até 2023, quando alcançarão um valor de US$ 622 bilhões.

A indústria de alimentos e bebidas ainda reúne mais de 50 mil empresas na América do Sul, com destaque para o Brasil, cujo valor de mercado giraria em torno de US$ 160 bilhões – o setor é responsável por 75% das vendas nacionais de embalagens e equivale cerca de 7% do PIB brasileiro.

“Finalmente meu grande sonho se realizou. Finalmente faremos algo na e para a América do Sul”, celebrou Petra Westphal, diretora de Feiras da Messe München. “As indústrias estão prontas para iniciar um novo ciclo de investimentos em máquinas e atualização de seus parques.”

O potencial do mercado sul-americano também foi ressaltado por Reinhard Pfeiffer, vice-presidente do Conselho da Messe München. “A América do Sul é um mercado relevante e o Brasil é a oitava maior economia mundial. O país e o continente merecem um evento orientado para as indústrias de alimentos, bebidas e embalagens”, complementou o executivo. “Tenho certeza de que, daqui alguns anos, vamos nos lembrar deste momento como o lançamento de um divisor de águas para o mercado.”

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