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Lava Jato pede prisão do presidente da Petrópolis; Grupo diz estar colaborando

Lava Jato Grupo Petrópolis
Presidente e outros cinco executivos do Grupo Petropolis são alvo de prisões preventivas e temporárias determinadas pela Lava Jato

A Lava Jato chegou ao setor cervejeiro. A 62ª fase da operação, deflagrada nesta quarta-feira, apura o suposto envolvimento de executivos do Grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado pela Odebrecht em contratos públicos da Petrobras.

O Ministério Público Federal do Paraná solicitou a prisão preventiva contra o presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, e a prisão temporária de outros cinco executivos da empresa, suspeitos de envolvimento nas operações ilícitas.

Além das prisões, determinadas com base em delações de executivos da Odebrecht, serão cumpridos 33 mandatos de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados às empresas do grupo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Responsável por marcas como Itaipava, Petra e Ampolis, entre outras, o Grupo Petrópolis é suspeito de ter agido como intermediador em operações de lavagem de dinheiro da ordem de R$ 329 milhões entre 2006 e 2014 junto da Odebrecht, por meio de transferências entre contas de offshore.

O MP considera não terem “motivos econômicos aparentes” e que algumas operações são subfaturadas, como a ampliação de fábricas, a compra e venda de ações da empresa Electra Power Geração de Energia S/A, e contratos de compra, venda e aluguel de equipamentos.

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Segundo os procuradores da Lava Jato, cerca de R$ 121 milhões foram destinados ao pagamento de propinas travestidas de doações eleitorais, e outros R$ 208 milhões teriam sido repassados em espécie para a Odebrescht.

O MP acrescenta, ainda, que a Petrópolis teria utilizado uma conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões em propina da Odebrecht a agentes públicos e políticos, relacionada a contratos dos navios-sonda da Petrobras.

Em 2017, Faria aderiu ao programa de regularização cambial, informando possuir mais de R$ 1,3 bilhão depositado em contas de empresas offshore. De acordo com o procurador da República Alexandre Jabur, “chama a atenção a expressiva quantidade de recursos lavados por Walter Faria e por executivos do grupo Petrópolis”.

Além disso, o fato de ainda manter recursos no exterior sem origem lícita comprovada e de realizar a regularização desse montante denotaria “a permanência na prática do crime de lavagem de dinheiro”.

Outro lado
Procurado pelo Guia, o Grupo Petrópolis afirmou em comunicado que seus executivos “já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes”, e acrescentou que “sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos”.

Já a Odebrecht afirmou, também em nota, que os fatos narrados por ex-executivos da empresa “são fatos do passado”, e que hoje a empresa “usa as mais recomendadas normas de conformidade em seus processos internos e segue comprometida com uma atuação ética, íntegra e transparente”.

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