fbpx
breaking news New

Preço da cerveja sobe 3,39% em trimestre com deflação no Brasil

Inflação da cerveja também está acima dos 10% no período de 12 meses no varejo

Ao mesmo tempo em que o Brasil completou um trimestre de deflação, com a queda de 0,29% no IPCA em setembro, o preço da cerveja no domicílio, vendida em estabelecimentos como supermercados e redes varejistas, segue em alta, tendo subido 0,37% no nono mês de 2022. Assim, de acordo os dados divulgados pelo IBGE, a inflação do item segue acima dos 10% ao longo dos últimos 12 meses.

Mais do que isso, a cerveja continua com seus preços descolados do ritmo da inflação. No terceiro trimestre do ano, o item no domicílio tem elevação de 3,39%, impulsionado pela expressiva variação de 2,37% em agosto. Enquanto isso, o IPCA teve deflação de 1,33% no período, a maior registrada para um trimestre desde a criação do Plano Real em 1994.

Leia também – Turismo cervejeiro demanda mais divulgação e melhorias viárias

Também na contramão do índice oficial, a cerveja comprada fora do domicílio, em locais como bares e restaurantes, contabilizou alta média de 0,50% em setembro. Desta forma, no acumulado do ano, o preço já ficou 5,31% mais alto nesta mesma ocasião de consumo, enquanto o incremento para o varejo é de 5,91% no amontoado dos nove primeiros meses de 2022.

Nos últimos 12 meses, a cerveja no domicílio registra significativo aumento de 10,68% e de 5,64% fora dele. Neste mesmo período, a elevação do custo médio com outras bebidas alcoólicas em estabelecimentos como supermercados é de 15,50%, enquanto em locais como bares e restaurantes os preços saltaram apenas 0,43% ao longo de um ano.

Já a variação constatada para outras bebidas com álcool em setembro foi de alta de 1% no domicílio, enquanto fora de dele houve deflação de 1,2%. No acumulado do ano, há uma disparidade expressiva de acordo com as ocasiões de consumo, com o preço deste item saltando 15,74% nas redes varejistas e caindo 4,60% quando compradas em botequins e locais de alimentação fora do lar.

Publicidade

Item Alimentação e bebidas tem deflação maior do que a do IPCA
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro registraram quedas de preço em setembro. E um deles foi o de alimentação e bebidas, com retração de 0,51%. O item se posicionou como o terceiro que mais colaborou para a deflação do IPCA, só ficando atrás de transportes, com recuo de 1,98%, e comunicação (-2,08%). O outro tópico com redução foi composto por artigos de residência (-0,3%).

“Os combustíveis e, principalmente, a gasolina têm um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, diz o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov, se referindo à redução do valores da gasolina (-8,33%), do etanol (-12,43%), do óleo diesel (-4,57%) e do gás veicular (-0,23%) em setembro.

O representante do instituto também destaca que o item alimentação e bebidas registrou queda expressiva de custo depois de ter contabilizado elevação média de 0,24% em agosto. “Os alimentos vinham apresentando crescimento desde o começo do ano, inclusive altas fortes em março (2,42%) e abril (2,06%). Essa queda de setembro é a primeira desde novembro de 2021 (-0,04%)”, completa Kislanov.

Já a maior variação positiva registrada no mês passado foi do grupo vestuário, que subiu 1,77%, assim como já havia ocorrido em agosto, quando aumentou1,69% e liderou os produtos com alta.

Para realizar este seu último balanço do IPCA, o IBGE comparou os preços coletados no Brasil entre 30 de agosto a 28 de setembro (referência) com os valores vigentes de 29 de julho a 29 de agosto de 2022 (base).

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password