Do transporte até a geladeira: Como a sustentabilidade envolve os bares

Ações sustentáveis envolvendo bares passam por aspectos de circularidade e transporte, entre outros

Ponto de encontro com o consumidor, os bares são fundamentais para o êxito comercial de qualquer cervejaria, em uma longeva parceria para todas as marcas. Mas para a chegada da cerveja ao copo, ou mesmo para o seu consumo direto da garrafa ou da lata nesses espaços, uma longa jornada precisa ser percorrida. E as cervejarias têm atuado para que toda essa trajetória que envolve os bares seja pautada pela sustentabilidade.

As ações adotadas por Ambev e Grupo Heineken no Brasil permeiam os passos “do campo ao copo” e envolvem os bares em etapas que passam pelo transporte das fábricas até os estabelecimentos, a escolha das embalagens, com o trabalho para a sua retornabilidade, e o armazenamento das cervejas nesses locais.

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A implementação de iniciativas sustentáveis contribuem para o cumprimento das metas de sustentabilidade definidas pelas duas principais representantes da indústria cervejeira do Brasil, que se comprometeram a ter toda a cadeia de valor carbono neutro até 2040.

“Precisamos levar em consideração inúmeros desafios como, a circularidade de resíduos, a diversidade, equidade e inclusão, o uso racional da água, entre outros. Tornar algo sustentável não se define em apenas um aspecto, sustentabilidade tem que ser transversal em todos os planejamentos, estratégias e ações de um negócio. Por isso, a maior dificuldade é ter um olhar abrangente e priorizar ações sustentáveis em todos os aspectos do estabelecimento”, ressalta Ornella Vilardo, diretora de sustentabilidade do Grupo Heineken.

Nos bares, o consumo predominante de cerveja se dá em garrafas retornáveis, uma solução em consonância com a sustentabilidade. Afinal, reforça a circularidade das embalagens, além de trazer vantagens financeiras para o consumidor e o comerciante quando é realizada a troca dos vasilhames vazios pelos cheios.

Leia também – O que um evento precisa fazer para ser sustentável e como cervejarias engajam o público

Além disso, a Ambev também conta, nas capitais paulista e fluminense, com uma parceria com uma startup para garantir o recolhimento e posterior reciclagem das embalagens. “Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em parceria com a startup Green Mining, atuamos na coleta dos materiais descartáveis de vidro, plástico e papelão, apoiando os bares na destinação correta do resíduo. As embalagens recolhidas são encaminhadas para um hub, onde são separadas, e de lá, são encaminhadas para reciclagem”, explica a companhia.

As garrafas long necks consumidas em bares também são alvo dos cuidados de sustentabilidade da indústria da cerveja. E para permitir o reaproveitamento dessas embalagens, o Grupo Heineken possui um programa, o Volte Sempre Long Neck Bar, realizado em parceria com os estabelecimentos.

“Contamos com a parceria dos estabelecimentos para guardar as garrafas long neck pós consumo, que serão retiradas pelo nosso time de distribuição ao entregarmos novos produtos a eles. Essas long necks são direcionadas à Central de Resíduos no nosso CDA mais próximo e posteriormente destinadas à reciclagem ou retornadas ao ciclo inicial de produção, como matéria prima”, explica Ornella Villardo, diretora de sustentabilidade do Grupo Heineken.

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A indústria da cerveja também tem usado a tecnologia para tornar as mesas, cadeiras e garrafeiras desses estabelecimentos, sustentáveis. A Ambev destaca o uso de conteúdo reciclado ao invés da resina virgem para compor esses materiais, sendo que eles chegam a ser 65% das mesas de plástico.

Testamos uma tecnologia importada de Israel e patenteada pela UBQ Materials, capaz de converter resíduos não-recicláveis e não-triados (remanescente de orgânicos, plásticos não-recicláveis, papel e papelão), em pellets que podem ser reinseridos no processo de fabricação de diferentes produtos e embalagens sustentáveis, como garrafeiras, mesas e cadeiras, utilizados pelos pontos de venda

Ambev

As cervejarias possuem um cuidado especial com as geladeiras, consideradas um dos principais emissores de gases do efeito estufa. Desde 2008, a Ambev iniciou um processo de transformação de 660 mil refrigeradores em operação no país para uma versão ecológica, sendo que 70% dessas geladeiras se transformaram em eco coolers.

De acordo com a Ambev, 307 mil ganharam nova vida útil, mais sustentável, a partir de iniciativas de economia circular. E isso permitiu o reaproveitamento de 172 toneladas de alumínio, 19 mil toneladas de ferro e 314 toneladas de cobre.

“Os eco coolers, além de reduzir em 33 mil toneladas as emissões de CO2 por ano – o que equivale à captação de carbono realizada por 198.000 árvores, também geram economia significativa aos parceiros da companhia. As geladeiras de resfriamento de cerveja quando transformadas em ecológicas apresentam uma economia de 46% no consumo de energia elétrica”, relata a Ambev.

Uso de veículos elétricos
Para levar a cerveja até os bares, a indústria da cerveja também investe em soluções focadas na sustentabilidade através dos seus parceiros na logística e na produção. No caso da Ambev, o trabalho envolve o uso de veículos elétricos pelos seus parceiros. “Junto à VWCO e JAC Motors, temos 255 veículos elétricos que compõem a nossa frota e que ajudam a poupar o meio ambiente de 2.100 toneladas de emissões de CO2”, relata.

O Grupo Heineken também tem implementado a utilização de veículos elétricos, com caminhões que contam com essa energia renovável levando seus produtos para os bares, o que traz, de acordo com Ornella, vantagens inclusive para os seus condutores.

“Com zero emissão de CO2 e partículas, a frota proporciona mais conforto e segurança aos colaboradores, pois possui menor ruído sonoro, ar-condicionado, câmbio automático, tecnologia de câmera de ré e display touch-screen para conectividade das ferramentas logísticas. Além disso, os caminhões elétricos contam com autonomia de até 150km e são equipados com regeneração de energia pelas frenagens (KERS), aumentando a produtividade do sistema logístico da empresa”, afirma.

As soluções de transporte envolvem, ainda, a utilização de modais que não sejam o rodoviário, como cabotagem e ferrovias. Além disso, há trabalhos que englobam o transporte colaborativo com parceiros, como detalha a diretora de sustentabilidade do Grupo Heineken.

Essa iniciativa, chamada HeiShare, funciona por meio de parcerias com outras empresas que possuem rotas em comum com as nossas – assim, conseguimos otimizar a utilização do veículo evitando que o mesmo retorne vazio para sua origem inicia

Ornella Villardo, diretora de sustentabilidade do Grupo Heineken
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