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Descubra os segredos das 9 brasileiras vencedoras do World Beer Awards

Talento das cervejarias foi reconhecido com diversidade de estilos premiados

As cervejas brasileiras mais uma vez brilharam intensamente no World Beer Awards, uma das premiações mais prestigiadas em todo o mundo. Nove rótulos nacionais, vindos de estados, como São Paulo, Bahia, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, conquistaram dez medalhas em diferentes estilos e categorias.

Para apresentar as características e os segredos dessas cervejas brasileiras que se destacaram neste ano no World Beer Awards, o Guia traz os atributos, os ingredientes e os insumos utilizados na criação desses premiados rótulos. Além disso, conversamos com representantes das cervejarias, que celebraram suas conquistas na competição e compartilharam suas opiniões sobre seus produtos.

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Confira a seguir as peculiaridades de cada uma das cervejas medalhistas de ouro pelo Brasil no World Beer Awards de 2023:

Saison Chardonnay, da Água do Monge, melhor Biére De Garde & Saison

A Saison Chardonnay é envelhecida por 24 meses em barril de carvalho americano previamente utilizado para vinho Chardonnay. Ela passa por fermentação em garrafa e continua a amadurecer com o contato com as borras (método sur lie, usado na fabricação de espumantes), o que contribui para seu desenvolvimento após o envase. Esta cerveja possui um aroma frutado, com notas de especiarias, nuances de panificação, toques amadeirados e um leve toque de funk. Na boca, é uma cerveja seca, carbonatada, com acidez pronunciada e amargor médio.

“(O segredo é o) Zelo desde a escolha da matéria prima, produção sempre atenta aos parâmetros do estilo, fermentação impecável, tanque de Saison sempre com levedura e solenoide nova para não comprometer a fermentação e o principal de tudo: paciência. E acreditar que a base estava boa para atingir a excelência com o envelhecimento no barril”, conta Paulo Jorge Harmuch Slompo sócio- proprietário e mestre cervejeiro da marca de Guarapuava (PR).

Sour Com Morango, da Artmalte, melhor entre as Catharina Sour

Com 4% de teor alcoólico e 4 IBUs, a Sour com Morango da Artmalte coloca o morango como ingrediente principal. Com sua coloração avermelhada, a cerveja é leve, refrescante, frutada, levemente acidificada e apresenta notas de morango tanto no aroma quanto no sabor.

“Buscamos o equilíbrio entre a acidez e as notas de morango, focados numa cerveja refrescante e fácil de beber”, comenta a cervejaria da Bahia.

British Strong Ale, da Ashby, melhor Bitter com mais de 5,5% de graduação alcoólica

A cerveja apresenta um sabor intenso e marcante, típico das legítimas puro malte e das Ales inglesas. Ela é elaborada com quatro tipos de malte e lúpulos aromáticos, resultando em sabores de amêndoas e frutas amarelas. A British Strong Ale é uma representante autêntica do estilo inglês, com 5,8% de teor alcoólico e um amargor pronunciado.

“Fomos muito fiéis ao estilo na sua criação. Além de ser a receita de uma Bitter genuinamente inglesa, utilizamos maltes, lúpulos e leveduras que são usados na maioria das cervejas desse estilo. Também tratamos nossa água para que fique muito próxima da lendária água de Trent. É óbvio que tudo isso, sem o talento de toda nossa equipe, não nos traria o resultado que obtivemos. Ganhar com um estilo genuinamente Inglês, nas terras em que ele foi criado, com uma cerveja feita no Brasil é motivo de muito orgulho”, comenta Scott Ashby, fundador da Ashby.

Bohemia Reserva, da Bohemia, melhor Dark Barley Wine

Com 36 IBUs e 10% de teor alcoólico, a Bohemia Reserva é uma cerveja puro malte de guarda, sem prazo de validade, permitindo que seu aroma e sabor se intensifiquem com o tempo. Notas de caramelo, chocolate, toffee e frutas vermelhas são características dessa cerveja da marca de origem fluminense da Ambev.


IPA Zero, da Campinas, melhor IPA sem álcool ou de baixa graduação alcoólica

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Com um teor alcoólico inferior a 0,4% devido a um processo fermentativo especial, a IPA Zero da Campinas é conhecida pelo aroma cítrico e intenso típico das IPAs, que é obtido através do uso de lúpulos americanos aplicados três vezes durante a maturação pelo processo de dry hopping. Além disso, é uma cerveja low carb, com 68 calorias. Tem 40 IBUs de amargor.

“Podemos dizer que o sucesso dela está atrelado a uma execução bem feita do processo, conhecimento de mercado, planejamento preciso e foco na inovação. Hoje ela é a cerveja mais premiada da Campinas e temos certeza que está atrelado a experiência única que a IPA Zero causa desde o primeiro até o último gole”, destaca Giovana Miguel Martinez, analista de marketing e relacionamento da Campinas

Appia, da Colorado, melhor Flavoured Honey & Maple

Com 10 IBUs e 5,5% de teor alcoólico, a Appia é uma cerveja que incorpora o mel de laranjeiras de pequenos produtores em sua fórmula. Isso resulta em uma combinação exótica, feita a partir de cevada, trigos maltados e uma levedura de alta fermentação exclusiva, de acordo com o descritivo divulgado pela marca de Ribeirão Preto (SP) da Ambev.


Virtù Vol2, da Daoravida, melhor Brazilian Pale Ale

Criada em colaboração entre as cervejarias Daoravida e Tábuas, a Virtù Vol2 possui 50 IBUs e 6% de teor alcoólico. A receita utiliza maltes básicos e levedura neutra, com single hop do lúpulo Comet, proveniente das Fazendas Brava Terra e Dalcin, o que destaca o potencial do produto nacional. “Com a ebulição da produção de lúpulo no Brasil, nós junto com a Tábuas, buscamos uma receita para expressar todo o potencial desse novo insumo local na receita da Virtù Vol2”, diz Wagner Falci, fundador e cervejeiro da Daoravida.

“A cerveja foi criada para celebrar a 2ª Copa Brasileira do Lúpulo que aconteceu em Campinas, fruto da iniciativa da Kalamazoo e do professor Duan Ceola. Atingimos uma receita delicada e com muito equilíbrio que abriu as portas para a explosão de aromas que esse varietal está mostrando na sua adaptação ao solo brasileiro. A premiação foi, provavelmente, o reconhecimento de todo esse esforço em fazer uma cerveja de base para o lúpulo”, acrescenta Falci.


Sour de Caju, da Proa, melhor Flavoured Wild & Sour Beer

A Sour de Caju incorpora a suculência, o aroma e o sabor do caju. Com uma acidez notável, baixa formação e retenção de espuma, esta cerveja possui 6 IBUs e 3,5% de teor alcoólico, lembrando até mesmo um espumante.

“Acredito que a Sour de Caju foi premiada pois imprime de forma equilibrada acidez, o sabor e aroma do caju e alta drinkabity”, comenta Débora Lehnen, sócia-proprietária da Proa.

Brut, da Wäls, melhor melhor entre as Brut Beer e na categoria Speciality Beer

A cerveja Brut, da Wäls, é elaborada pelo método champenoise, com leveduras de champagne. Com sua coloração dourada e translúcida, ela apresenta aromas que lembram vinho branco e notas cítricas. Com perlage fino e duradouro, ela passa por nove meses de maturação com temperatura e umidade controladas, resultando em uma cerveja com 9% de teor alcoólico.

“Estamos extremamente orgulhosos do destaque que a cerveja brasileira  – representada pelas nossas marcas – recebeu nessa premiação. Mais do que só uma bebida, a cerveja é símbolo da nossa cultura, de compartilhar e celebrar com quem gostamos. De brindar aos bons momentos. E, definitivamente, hoje temos ainda mais motivos para brindar. Nossas marcas são destaque no mercado cervejeiro, e em todos os anos estão sempre representando o Brasil nos estilos cervejeiros propostos em competições desse nível. Unidas a nossa criatividade, escuta ativa e sede de inovar, nos permitiu criar cervejas únicas, que se destacaram no concurso. Unindo qualidade à autenticidade dos nossos rótulos, conseguimos ficar em evidência  no World Beer Awards”, finaliza Sybilla Geraldi, coordenadora de conhecimento e cultura cervejeira da Ambev, celebrando as conquistas das cervejas da companhia na competição.

1 Comment

  • GUSTAVO GUEDES Reply

    5 de setembro de 2023 at 15:34

    Esses concursos são “engraçados”, digamos. ahsby, sem nenhuma relevância no mercado nacional ganhar uma medalha dessas, é um tanto quanto bizarro. Bohiema Reserva nem é vendida. Uma piada

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