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Produção de alcoólicas tem reação modesta após 3 meses de queda

Recuperação tímida do segmento em julho ainda não reverte cenário negativo de 2023

Após um trimestre inteiro de declínio, a fabricação de bebidas alcoólicas pode ter iniciado um processo de recuperação, ainda que de forma modesta. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), houve um aumento de 0,2% na produção de bebidas alcoólicas em julho, em comparação com o mesmo período de 2022.

No entanto, esse modesto índice não foi suficiente para reverter a tendência de queda na produção de bebidas alcoólicas em 2023, que continua a cair, registrando um recuo de 0,6% no período de janeiro a julho. O indicador também permanece em baixa nos últimos 12 meses, com retração de 1,3%.

Leia também – Ação da Ambev cai mais do que o Ibovespa em agosto e agora recua 4,7% em 2023

Embora o avanço tenha sido pequeno, a XP Investimentos o considerou positivo, especialmente à luz das expectativas mais modestas. “A produção de bebidas em julho mostrou uma recuperação razoável e ficou 6,9% acima das nossas estimativas, o que, em nossa visão, pode estar relacionado às temperaturas acima da média”, observa, em relatório.

A equipe de análise do banco de investimentos também apontou um cenário mais favorável para a Ambev nos próximos meses, embora não descarte a possibilidade de um enfraquecimento no ritmo da indústria cervejeira em geral.

“Continuamos confiantes de que a Ambev continuará a ganhar participação de mercado devido ao ambiente desafiador para os concorrentes, juntamente com a forte execução comercial da Ambev e as vantagens competitivas fortalecidas pelas novas iniciativas digitais”, afirma.

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O aumento na produção de bebidas alcoólicas em julho contrasta com o desempenho das bebidas não alcoólicas. Após um primeiro semestre de alta, essa atividade perdeu força e registrou uma queda significativa de 7,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, o segmento ainda acumula um crescimento de 0,4% nos primeiros sete meses do ano e um desempenho positivo de 2,3% nos últimos 12 meses.

No que diz respeito à produção de bebidas em geral, houve uma diminuição de 3,6% em relação a julho de 2022. Como resultado, o indicador encerrou os sete primeiros meses do ano ainda com números negativos, agora em -0,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, há um ligeiro crescimento de 0,4%.

Perda de ritmo na produção industrial nacional
A produção industrial nacional perdeu ritmo, apresentando uma queda de 0,6% em julho em relação ao mês anterior. Quando comparada a julho de 2022, a produção industrial teve uma redução de 1,1%. No acumulado do ano, a indústria acumula uma queda de 0,4% em relação ao mesmo período de 2022, e nos últimos 12 meses, a variação é nula, de 0,0%.

Os resultados indicam que três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados apresentaram uma redução na produção em relação a junho. “Esse resultado acentua o movimento de perda de ritmo, especialmente quando comparado com junho e maio”, explica André Macedo, analista da pesquisa do IBGE.

As maiores influências negativas vieram dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%), e máquinas e equipamentos (-5,0%). Por outro lado, os impactos positivos mais significativos foram observados nos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).

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