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11 cervejarias geram expectativa de R$ 1,5 mi em exportação para 4 países

Rodada de negócios com importadores incluiu visitas, como à fábrica da Odin (crédito: divulgação Apex Brasil)

Um grupo de 11 cervejarias brasileiras buscou, na última semana, expandir sua presença para o mercado internacional, por meio da exportação, alcançando novos públicos para seus rótulos. Durante conversas com compradores de quatro países diferentes, elas conseguiram gerar uma expectativa de R$ 1,5 milhão em negócios para os próximos 12 meses.

Essas negociações ocorrem em um momento de reaquecimento das exportações brasileiras de cerveja. De janeiro a setembro, o país registrou uma receita de US$ 99,710 milhões, de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, representando um aumento de 21% em comparação com o mesmo período do ano anterior e se aproximando dos US$ 120,047 milhões alcançados durante todo o ano de 2022.

Leia também – Exportação de cervejas ácidas leva o terroir brasileiro para a China

Nesse contexto, a iniciativa de levar a cerveja artesanal brasileira para outros países tem o potencial de impulsionar ainda mais esses números. E essa possibilidade foi o foco das conversas durante a 6ª rodada do programa Exporta Mais Brasil, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio (Sebrae RJ).

A rodada de negócios, realizada no Rio de Janeiro, incluiu reuniões entre as cervejarias brasileiras e profissionais interessados em exportar seus produtos. Os compradores vieram da Argentina, Dinamarca, Rússia e Malta e dialogaram com marcas locais, além de cervejarias dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As 11 participantes foram: Odin, Hocus Pocus, Noi, Malteca, SUD, Trupe, Backbone, Konigs Bier, Farra Bier, Alter e Croma.

“Nesses três dias de projeto, os compradores internacionais tiveram a oportunidade de fazer visitas técnicas a fábricas locais e de participar de rodadas de negócios com algumas cervejeiras artesanais brasileiras. Eles puderam ver a variedade de produtos brasileiros e o potencial do setor no Brasil, que está em pleno desenvolvimento. O resultado trouxe boas perspectivas de negócios futuros”, diz Gustavo Fernandes, representante do Escritório da ApexBrasil no Sudeste.

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Durante esse período de encontros voltados para a exportação, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer as instalações de cervejarias como a Odin, em Petrópolis, o bar da Hocus Pocus e a fábrica da Noi, em Niterói, e interagiram com outras cervejarias. Além disso, puderam explorar a diversidade de rótulos durante visita ao Mondial de la Bière Brasil.

A Noi, que já exportou cervejas para o Chile, está ansiosa para retomar esse processo, como afirma a diretora-executiva da empresa, Bianca Buzin. “Quero fazer acontecer, quero me capacitar ainda mais e começar a exportar, sim. Essa foi a primeira rodada de negócio que participei e essa oportunidade que a ApexBrasil e o Sebrae estão nos oferecendo está sendo muito bacana”, comenta.

A Odin, por sua vez, está agora na expectativa de vender suas cervejas para o exterior pela primeira vez, conforme relata seu sócio-proprietário, Felipe Rabah. “Parecia um bicho de sete cabeças e agora estamos vendo que é possível e que temos potencial para vender para fora do país”, diz. “As expectativas com a presença dos compradores aqui são altas. Quem sabe a gente começa a exportar nossos produtos feitos aqui no Brasil para o mundo”, acrescenta.

Henrik Boes, um dinamarquês que possui uma importadora e distribuidora de bebidas, destaca que o uso de ingredientes locais pode ser um diferencial motivador para a introdução das cervejas brasileiras em seu país.

“As cervejas têm muita personalidade, eu me surpreendi com a qualidade, que supera muito o que eu esperava. É muito legal ver que as cervejarias aqui estão começando a trabalhar com ingredientes locais”, diz.

O argentino Carlos Alberto Rabaglia, um dos importadores presentes no encontro, mencionou que precisa resolver questões de logística e preço antes de finalizar os negócios, mas ficou entusiasmado com o que encontrou das cervejarias brasileiras interessadas na exportação.

“Estou surpreendido com as variedades e pelas inovações que estão fazendo aqui no Brasil, com muita qualidade, partindo da Lager e depois distintas variações realmente muito boas”, afirma o dono de uma distribuidora de bebidas em Buenos Aires.

1 Comment

  • Divanei dos Anjos Zaniqueli Reply

    18 de outubro de 2023 at 06:59

    Amigos, vocês bem que podiam parar de chamar essas cervejarias de artesanais. São pequenas e microcervejarias. Para ser artesanal tem que ser cerveja feita de forma rudimentar, na panela de preferência em casa , com pouco ou nenhum recurso tecnológico. Essas cervejarias tem tudo automatizado. Só diferem das grandes cervejarias na quantidade produzida.

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