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Exportação de cervejas ácidas leva o terroir brasileiro para a China

Sabor do terroir vai além das fronteiras brasileiras com exportação de cervejas por Cozalinda e Zalaz

A cerveja artesanal com característica do terroir brasileiro agora tem a oportunidade de ser apreciada em cidades chinesas. Recentemente, duas marcas que se destacam pela produção de cervejas ácidas e pela exploração do terroir local, a Cozalinda e a Zalaz, fecharam um acordo e enviaram um total de cinco pallets de suas criações para o mercado da China.

Essa possibilidade de exportação, que ficou adormecida durante o auge da pandemia, tornou-se possível devido ao interesse pelas cervejas selvagens por parte dos profissionais do setor na China, com as marcas tendo a oportunidade de escolher entre os interessados na exportação, a fim de levar suas produções para o mercado do país asiático. Além disso, as medalhas conquistadas em concursos internacionais e as indicações de juízes especializados em competições cervejeiras contribuíram para facilitar esse processo.

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Divididas entre chope e cervejas engarrafadas, a Zalaz enviou três pallets contendo 18 variedades de suas criações para a China, enquanto a Cozalinda despachou sete rótulos diferentes em dois pallets. Segundo os representantes das marcas, as cervejas serão comercializadas em eventos focados em cervejas selvagens, além de bares e lojas especializadas.

“O exportador está envolvido em um festival de cerveja de fermentação mista, realizado em várias cidades, para o qual procura cervejas de todo o mundo. Estaremos ao lado de outras cervejas ácidas de diferentes partes do planeta”, explica Fabrício Almeida, co-fundador da Zalaz.

Enquanto a marca do interior de Minas Gerais já havia exportado suas cervejas para a China e também para a Europa, em colaboração com outras marcas, a Cozalinda enfrenta essa etapa pela primeira vez.

“O que batemos desde a criação da marca, depois com participações em palestras e concursos no exterior, abriu as portas e agora estamos tendo o retorno: o reconhecimento de que temos uma identidade do terroir do Brasil. E isso é recompensador”, diz Diego Rzatki, sócio-fundador da Cozalinda.

Novas oportunidades de mercado
Tanto para a Cozalinda quanto para a Zalaz, a exportação de cervejas ácidas para a China representa uma abertura de caminho para as cervejarias artesanais brasileiras, especialmente aquelas que valorizam o terroir local. Isso é visto como um diferencial, pois possibilita a oferta de cervejas verdadeiramente únicas, com um perfil que não é encontrado em outros países.

“Se tem um tipo de cerveja produzida aqui com chance de exportação, é a ácida. Ela tem o terroir local, e eles querem ver o gosto do Brasil. Não precisa ser melhor do que a cerveja local, mas ser o que ela é. Como são cervejas únicas, tem um apelo de vendas diferente, por essa singularidade”, comenta Rzatki.

É um caminho certeiro para esse tipo de cerveja, pois mandamos para o mundo o terroir brasileiro. Creio que faça muito sentido, com a exportação de cervejas de guarda e com terroir local sendo uma ótima oportunidade

Fabrício Almeida, co-fundador da Zalaz

O sócio-fundador da Cozalinda também destaca que as cervejas ácidas brasileiras têm potencial para serem competitivas no mercado internacional em termos de preço, devido ao seu alto valor agregado. Isso é particularmente relevante em um cenário em que, por vezes, produtores desse tipo de bebida tem dificuldade de acesso a um público mais amplo dentro do Brasil.

“Temos custos de produção consideráveis, especialmente em relação aos insumos, mas a desvalorização da moeda nos beneficia e nos torna competitivos nesse nicho de cervejas, que tem grande valorização no exterior. Isso nos permite alcançar um preço compatível com os valores praticados fora do Brasil. O fato de termos cervejas com um alto valor agregado nos torna mais competitivos”, afirma Rzatki.

Panorama da exportação
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil exportou um total de 200.588.542 quilos de cerveja em 2022, representando uma queda de 16,8% em comparação com o ano anterior. O valor exportado também registrou redução de 8,7%, totalizando US$ 120.047.504.

No ano passado, a China foi um dos 79 países de destino da cerveja brasileira, ocupando a 23ª posição em termos de volume (22.469 kg) e a 24ª posição em valor (US$ 44.701).

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