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Guia na Copa: Como protesto, BrewDog doará valor das vendas de cerveja

Marca se declarou "anti-patrocinadora" do torneio como protesto contra disputa no Catar

A BrewDog decidiu protestar de forma prática contra a realização da Copa do Mundo no Catar. Diante do histórico de abusos do país-sede da competição, a icônica cervejaria escocesa anunciou que destinará os recursos obtidos com a venda de um dos seus rótulos durante o período do torneio para organizações de direitos humanos.

Assim, a BrewDog se classificou como “anti-patrocinadora” da Copa do Mundo. “Estamos doando todos os lucros obtidos com a Lost Lager vendida durante a Copa do Mundo para causas que combatam os abusos dos direitos humanos”, afirma a marca escocesa.

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A escolha do Catar para sediar a próxima Copa do Mundo, que começará em 20 de novembro, foi marcada por controvérsias, com acusações de suborno para o processo de votação e a impossibilidade de realização do torneio no meio do ano, como tradicionalmente ocorre, em função das condições climáticas no país.

Mas os problemas não pararam por aí. Durante o processo de preparação para a realização do torneio, houve várias acusações de abuso das condições de trabalhadores imigrantes envolvidos nas obras de construção dos estádios, com mortes de funcionários.

Além disso, a atividade homossexual é proibida no Catar e está inserida no seu código penal. O país, porém, assegura que todos serão bem-vindos e respeitados no país na Copa do Mundo.

“Isto não é uma Copa do Mundo. É uma Copa do Mundo F*. O futebol foi arrastado pela lama, antes que uma única bola fosse chutada. Sejamos honestos: o Catar venceu por meio de suborno. Em escala industrial. O futebol é para todos. Mas no Catar, a homossexualidade é ilegal, o açoitamento é uma forma aceita de punição, e não há problema em que 6.500 trabalhadores morram construindo seus estádios”, afirma a BrewDog, em comunicado com teor de manifesto.

No texto em que anunciou a sua decisão, a BrewDog reconhece que um boicote amplo à Copa do Mundo seria inviável, diante do interesse das pessoas em acompanhar o torneio. Assim, considera a arrecadação de recursos para combate ao abuso dos direitos humanos como a melhor alternativa.

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“Vamos ser honestos: as pessoas ainda vão assistir aos jogos, então queremos dar a elas a oportunidade de assistir aos jogos e, ao mesmo tempo, arrecadar dinheiro para impulsionar mudanças positivas. Isso significa que as pessoas podem mostrar seu amor pelo jogo e sua raiva de quem o está sediando”, afirma a BrewDog.

Protestos de seleções
Algumas seleções, jogadores e marcas esportivas também têm se mobilizado em protestos contra o Catar diante da proximidade da realização do torneio. A Hummel, ao lançar os uniformes da Dinamarca para a Copa do Mundo, disse que eles são uma homenagem ao time campeão da Eurocopa de 1992, mas também um protesto diante das mortes de trabalhadores imigrantes na preparação dos estádios para a competição.

“Eles não são apenas inspirados pela Euro 92, em homenagem ao maior sucesso do futebol dinamarquês, mas também um protesto contra o Catar e seu histórico de direitos humanos. É por isso que atenuamos todos os detalhes das novas camisas da Dinamarca para a Copa do Mundo, incluindo nosso logotipo e divisas icônicas. Não queremos ser visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas”, afirma a marca.

Já o Professional Footballers Australia, um sindicato que representa os jogadores do país, divulgou vídeo em que aborda as questões dos direitos humanos e dos LGBTQIAP+ no Catar.

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