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Chuva devasta Petrópolis e atinge operação de cervejarias; Como ajudar

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Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina (Créditos: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

A forte tempestade que atingiu Petrópolis na última terça-feira (15) devastou a cidade, provocou mortes, desabrigou famílias e atingiu as cervejarias que atuam na região. Os números ainda estão sendo contabilizados – eram 105 mortes confirmadas até as 11 horas desta quinta (17) – , mas os estragos confirmam a noção de que o município, localizado na região serrana do Rio de Janeiro, precisará, novamente, se reconstruir em meio ao luto.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a chuva em Petrópolis foi a maior na história da cidade desde que registros começaram a ser feitos. A tempestade, com seis horas de duração, teve um volume de 260mm, sendo que a maior parte dessa imensa quantidade de água – 230mm – atingiu a cidade em apenas três horas. Uma situação que levou a prefeitura a decretar estado de calamidade pública.

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As cenas foram assustadoras e traumatizantes, com corpos começando a aparecer assim que o nível da água baixou. Houve dezenas de deslizamentos de terra, uma delas, registrada em vídeo, com uma encosta destruindo casas e arrastando árvores e carros.  E uma das principais vias que dá acesso ao centro histórico de Petrópolis, desabou no rio Quitandinha.

A cidade de Petrópolis é um polo importante para as artesanais, abrigando dezenas de cervejarias, além de uma associação turística ligada ao setor, a Rota RJ. E diversas dessas cervejarias foram afetadas pelas chuvas. É o caso da Doutor Duranz, que além da fábrica, teve também o seu bar localizado em Corrêas, nas proximidades de Petrópolis, duramente impactado. Assim, seus estabelecimentos estão fechados para manutenção e limpeza.

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As cervejarias Odin e Sampler também tiveram suas instalações alagadas e já trabalham na limpeza dos locais afetados pela trágica chuva em Petrópolis. Já o brewgarden da cervejaria Brewpoint também foi tomado pelas águas.

“A hora agora é de nos unirmos para ajudar essas cervejarias a se levantarem e com isso mergulhamos novamente na retomada do turismo da cidade, que é de extrema relevância para a cidade de Petrópolis”, afirma Ana Cláudia Pampillon, coordenadora da Rota RJ.

Algumas cervejarias da Rota RJ estão recebendo doações de materiais de limpeza, cestas básicas e itens de higiene para as vítimas das chuvas e os desabrigados. São os casos da Alpendorf e da Barão Bier em Nova Friburgo, da Mad Brew e da Kanton em Teresópolis, da Rota Imperial em Guapimirim, da Ambev de Cachoeiras de Macau, assim como a Da Corte, em Petrópolis.

Também são aceitas doações através do PIX da associação para pessoas de fora da região serrana. Nesse caso, a chave para a transferência é 21.436.518/0001-42. Moradores afirmam que o item mais essencial nesse momento é a água mineral, pois o abastecimento de água foi afetado pela tragédia em Petrópolis.

Repetição da tragédia
O surgimento da Rota RJ também se deu em um contexto parecido, de tragédia, em 2011, quando a região serrana do Rio de Janeiro foi atingida por uma das maiores catástrofes climáticas da história. Naquele ano, as fortes tempestades, com deslizamentos e enchentes, provocaram 918 mortes em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.

Nos organizamos, nos juntamos e fizemos do turismo cervejeiro uma ferramenta para fomentar economicamente toda a região serrana que foi duramente afetada. Hoje, abraçamos Petrópolis, com o mesmo intuito de reerguer a cidade e suas cervejarias que nela estão instaladas e sofreram de alguma maneira

Ana Cláudia Pampillón, coordenadora da Rota RJ

A repetição da tragédia em Petrópolis apenas 11 depois também indica um problema: não são adotadas medidas para evitar que cenas devastadoras como essas da região serrana do Rio de Janeiro aconteçam novamente. No máximo se reconstrói a área afetada, continuando a se permitir a ocupação de regiões sob risco. E os desastres se tornam meros subprodutos do descaso.

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