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Setor cresce no Espírito Santo com novas marcas e sucesso em premiações

Três Torres conseguiu se destacar em recente premiação cervejeira, rompendo domínio de marcas do Sul

A tradição cervejeira do Brasil está fincada em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, mas a produção tem se espalhado por outras regiões. Despontando nesse cenário, o Espírito Santo vem ganhando destaque, tanto pelo aumento de opções, como pela qualidade da cerveja.

Por lá, houve significativo crescimento no número de cervejarias, com expansão média anual de 53,5% no período de 2017 a 2021, de acordo com a última edição do Anuário da Cerveja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O levantamento apontou que o Espírito Santo foi o estado com maior expansão de unidades produtivas no período de cinco anos.

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Já a produção de qualidade pôde ser atestada na edição mais recente do Concurso Brasileiro de Cervejas. Em uma disputa dominada por marcas da região Sul, só a capixaba Três Torres conseguiu um espaço entre elas, ficando em um Top 5, com a quarta melhor cerveja de toda a disputa, a Hop Red, uma Red Ale.

Localizada em João Neiva, uma cidade de apenas 17 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2014, e a 70 quilômetros da capital Vitória, a Três Torres faz parte do crescimento do setor na região. Fundada em 2019, a marca entrou no mercado quando o estado tinha apenas 34 cervejarias registradas, número que saltou para 57 em 2021. Mas, muito além de acompanhar esse salto quantitativo, a Três Torres também evidencia o crescimento qualitativo da cerveja no Espírito Santo, o que passa por investimentos, planos de expansão e premiações.

Melhor cervejaria do Espírito Santo na competição em Blumenau, a Três Torres, que faturou três medalhas, também vem passando por um processo de expansão. “Abrimos [em 2019] com capacidade de produção de 6 a 8 mil litros/mês. Temos expandido de lá para cá e no ano passado fechamos com uma capacidade de produção de até 40 mil litros/mês, batendo 35 mil litros/mês em alguns meses”, afirma Fabrício Torri, um dos sócios da marca.

O espaço também cresceu, com restaurante e bar, além de uma growler station no estacionamento da cervejaria. E não deve ficar nisso. Ao longo de 2023, o plano envolve a ampliação da área fabril para acrescentar produtos envasados em latas e garrafas ao portfólio, já que a cervejaria ainda não tem essas versões. “Hoje, os nossos produtos são vendidos praticamente 99% em barril. Claro que dessa parte de barril também vende parte em growlers porque temos a growler station”, completa.

Além de aumentar a área fabril e a planta de envase, a cervejaria também está investindo na criação de uma destilaria para a produção de uísque, vodca e gin. “Criamos uma área subterrânea de 200 metros quadrados embaixo do restaurante que vai servir de adega”, conta Torri.

Crescimento do setor no Espírito Santo
Além da expansão no número de cervejarias, o Espírito Santo teve, em 2021, a maior média de marcas por registro de cerveja em 2021, alcançando 2,17 marcas para cada produto registrado. E esse desenvolvimento regional é um dos principais motivos para os investimentos da Três Torres, que cresceu cerca 60% entre 2021 e 2022.

A explicação para essa expansão do setor no Espírito Santo passa pela busca, por parte do consumidor, por produtos artesanais, de qualidade, com características locais e mais frescos. “Buscamos acompanhar esse crescimento do mercado de forma orgânica e saudável. Precisamos fazer os investimentos, mas ao mesmo tempo não dá para sair fazendo loucuras”, enfatiza o sócio da Três Torres.  

A cervejaria
A Três Torres é um estabelecimento familiar formado pelos três irmãos e sócios: Vagner, Regina e Fabrício. O nome da cervejaria tem inspiração no sobrenome da família – Torri – de origem italiana. Mas as escolas americana e inglesa são as que predominam nas criações.

“Nosso foco é voltado para a escola americana, com cervejas lupuladas.  Produzimos a Juice IPA, a New England IPA e outras versões, como a American Pale Ale, que é mais um clássico. E, além disso, também fazemos um pouco de escola inglesa, com os estilos Imperial Porter e o Imperial Stout”, explica Torri.

A marca, porém, não esquece tradições locais. Assim, a Imperial Stout da marca é a versão maturada com café arábica da região. “Esse café arábica é da nossa região, o café do jacu. Tem toda aquela característica do pássaro se alimentar do café lá na lavoura, depois esse café sai coletado e processado. É considerado café um dos cafés mais exóticos do mundo e a gente tem um rótulo chamado Jacu”, diz.

Há, claro, também espaço para os rótulos premiados em Blumenau, todos de estilos de origem na escola americana. A Hop Lager, ouro entre as India Pale Lager, a Johnny IPA, prata entre as IPAs, e a Hop Red, ouro entre as Amber/Red Ales e quarta melhor entre todos os rótulos do concurso. “É uma cerveja que tem sempre destaque na nossa prateleira pelo fato de também já ter sido premiada em anos anteriores”, diz Torri.

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