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O varejo online pode manter a venda de cerveja em alta com a volta dos bares?

Especialistas apontam que opções como clube de assinaturas vão se manter em alta mesmo com a reabertura dos bares

De novidade para alguns, depois passando a ser solução para a operação em meio a restrições para muitos, o varejo online reinou durante um longo período da pandemia, praticamente sozinho, como principal fonte para aquisição de cervejas. Mas esse período terminou. Com a gradual reabertura de bares e restaurantes, um antigo “concorrente” está de volta ao mercado. Por isso, é preciso reajustar estratégias para manter o nível elevado de vendas e a fidelidade dos consumidores.

Para entender como o varejo online pode se comportar nesse novo contexto, o Guia ouviu especialistas. E, na opinião deles, não haverá uma migração imediata do varejo para os bares e restaurantes, seja pelo temor envolvendo o coronavírus ou porque o consumidor se acostumou a beber sua cerveja em outros ambientes e momentos, que vão além da ida a estabelecimentos. Mas alertam que o varejo online deve reforçar a comunicação e as iniciativas inovadoras para seguir sendo uma opção relevante para a compra de bebidas.

Leia também – Especial gestão: Desafios e soluções para a indústria da cerveja aproveitar a retomada

Diretora-geral do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Patrícia Cotti reconhece que a demanda freada pela pandemia para ida aos bares e restaurantes deverá ampliar o consumo nesses espaços a níveis que podem superar os pré-pandemia. Ao mesmo tempo, porém, ressalta que o consumidor se acostumou a beber cerveja comprada a partir do varejo, online ou não, seja sozinho ou em família. Assim, ele não vai renunciar à conveniência da entrega, à maior gama de produtos à disposição e mesmo à possibilidade de buscar o melhor preço.

Apesar disso, Cotti avalia que o momento é de adaptação na comunicação para atender melhor às demandas do consumidor. E isso se dá, para o varejo online, através de campanhas de marketing e realizações de promoções. “É preciso sempre compreender as jornadas, as sinergias, sobreposições, para então desenhar a melhor estratégia de comunicação e venda (do ponto de vista da empresa) ou melhores canais e condições de acesso (do ponto de vista do consumidor).”

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Crise e inovação
Economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto aponta a crise financeira como um fator que manterá o varejo competitivo, já que o Brasil passa por um cenário adverso na economia, com inflação acelerada e redução da renda. Ou seja, os preços baixos podem ser um forte aliado dessa vertente do mercado.

A renda média das famílias, pela inflação e desemprego, diminuiu. Assim, vai se tentar fazer o consumo de bebidas alcoólicas onde se paga menos. No bar, você gasta mais. Para consumo em casa, os preços são melhores. O delivery segue forte porque o hábito não desaparece e a pandemia não acabou. O online, assim, segue sendo uma forte concorrência

Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos

Para Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, quem não oferecer novidades ao consumidor poderá rapidamente perder espaço no varejo online. Isso passa por renovação constante entre os seus participantes e o aumento da disputa por uma fatia do mercado.

“É um fator-chave para a consolidação no longo prazo, já que com um mercado competitivo como o atual, as empresas tradicionais podem facilmente ficarem obsoletas em relação às startups, que possuem como principal lema a inovação”, analisa Lage. “O que cada empresa deve fazer para continuar sendo relevante é nunca deixar de inovar. Encontrar soluções para problemas que nem os clientes sabiam que tinham.”

Os especialistas também avaliam que opções como os clubes de assinatura se tornaram tendências que foram além do crescimento do varejo online e seguirão sendo fonte de receita mesmo com a reabertura de bares e restaurantes. E, na visão de Lage, a postura inovadora também pode trazer reflexos para o futuro de uma marca de cerveja que opera no varejo online. Assim, após conquistar mercado durante a pandemia com essa modalidade de vendas, será a oportunidade de consolidar sua presença no mercado.

Com uma atividade voltada para o futuro, os consumidores irão enxergar na marca não apenas um produto, mas sim um estilo de vida. Isso gera marketing gratuito, já que estilos de vida são passados de pessoa para pessoa e de geração para geração

Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos

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