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Cerveja sobe menos do que o IPCA em março, mas alta supera 10% em 12 meses

Nos últimos 12 meses, item vendido no varejo acumula aceleração de 10,15% nos seus preços

O preço da cerveja subiu abaixo do índice geral da inflação do Brasil em março. O produto teve alta de 0,33% no varejo e de 0,37% em estabelecimentos de alimentação fora do lar, em ritmo inferior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, que foi de 0,71% no terceiro mês de 2023. Ainda assim, no domicílio, a cerveja tem inflação superior a 10% no período de 12 meses.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11) pelo IBGE. Com a desaceleração da alta do preço da cerveja em março, a inflação do produto no primeiro trimestre de 2023 foi menor do que o IPCA, embora em um ritmo muito próximo.

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O preço da cerveja no domicílio subiu 2,08% no período de janeiro a março, enquanto o índice para o item fora do domicílio ficou em 1,80%. Já o IPCA do primeiro trimestre de 2023 foi de 2,09%.

Porém, a inflação da cerveja no período de 12 meses se manteve em nível acima da inflação oficial brasileira. O índice está em 10,15% no domicílio, com alta de 6,7% fora do domicílio. Já o IPCA ficou em 4,65%.

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A desaceleração da alta do preço da cerveja em março se insere em um cenário de alta quase irrisória da inflação do grupo alimentação e bebidas, que ficou em 0,05% no mês. Assim, fechou o primeiro trimestre de 2023 em apenas 0,81%, ainda que acumule variação de 7,29% no período de 12 meses.

Foi um movimento bem diferente das outras bebidas alcoólicas em março. A inflação deste item foi de 3,10% no domicílio e de 1,69% fora do domicílio. Com esse resultado, a alta de outras bebidas alcoólicas no varejo chegou aos 3,89% no trimestre e aos 8,52% nos últimos 12 meses. Já nos bares e restaurantes, ficou em 2,47% de janeiro a março e em 7,75% no período de abril de 2022 a março de 2023.

Impactos
O IBGE explicou que o grupo transportes foi o destaque no IPCA de março, sendo responsável pelo maior impacto (0,43%) e maior variação (2,11%). A gasolina (8,33%) foi o subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39%). O etanol (3,20%) também apresentou alta relevante.

“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofuns sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.

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