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Ação da Ambev inicia último mês do ano em baixa, mas supera Bolsa em 2021

Apesar da desvalorização de 5,47% em novembro, papel da Ambev ainda apresenta ganhos neste ano

O impulso provocado pela divulgação do balanço do terceiro trimestre da Ambev não se manteve ao longo de novembro. Após terminar outubro como a ação mais valorizada entre as que compõem o Ibovespa, o ativo da Ambev sofreu no último mês uma pequena desvalorização, terminando o penúltimo mês de 2021 com o preço de R$ 16,06.

Isso representou uma perda de 5,47% em relação ao fim de outubro. Ainda assim, a ação da Ambev acumula alta de 1,97% em comparação ao valor de R$ 15,75 com o qual começou o ano. Tem, assim, desempenho bem superior ao do Ibovespa, que já despencou 14,7% em 2021.

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Novembro, aliás, foi mais um mês de desvalorização do índice, com 55 das suas ações tendo apresentado perdas – foram, ainda, 36 altas e uma estabilidade. A Natura foi o destaque negativo, com desvalorização de quase 32%, enquanto a maior alta se deu com a TIM, sendo de 23%. E acabou sendo o quinto mês consecutivo de perdas do Ibovespa, que fechou novembro com 101.915,45 pontos, desvalorizando 1,53%.

No meio político, o mês ficou marcado pela aceleração da tramitação da PEC dos Precatórios, com a intenção de se usar os recursos liberados por ela para o financiamento do Auxílio Brasil, o que sempre preocupa o mercado financeiro em função do estouro do teto de gastos, agora prestes a ser oficializado por uma emenda à constituição.

Em um país que já sofre com a inflação elevada e a elevação dos juros, enquanto o PIB voltou a desacelerar no terceiro trimestre, agora há a preocupação – assim como no restante do mundo – com uma nova variante do coronavírus, a ômicron, que já tem seis casos confirmados no Brasil, ainda que em pessoas vacinadas e com sintomas leves.

É nesse cenário que a ação da Ambev começou dezembro em baixa, levemente acentuada nos primeiros pregões do mês, tanto que terminou na última sexta-feira com o preço de R$ 16,00. E o contexto de deterioração do quadro fiscal foi alvo de comentários de relatório da XP Investimentos sobre suas expectativas para alimentos, bebidas e o agro em 2022.

Desafios para a Ambev
O material produzido por Leonardo Alencar e Pedro Fonseca aponta três grandes riscos para a Ambev: taxa de câmbio, deterioração do cenário macro do Brasil e concorrência mais acirrada. Mantém, porém, uma perspectiva positiva para a companhia.

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O texto lembra que a desvalorização do real representa um desafio para a Ambev em função da alta de preços de matérias-primas, como alumínio e malte. “Se a estratégia de hedge de 1 ano da empresa for insuficiente, ou as pressões de custo e a volatilidade da moeda forem ainda mais fortes do que o previsto, as margens poderiam ser corroídas”, avalia a XP.

O relatório ainda destaca que a desaceleração da economia afeta o poder de compra da população, contribuindo para a redução do faturamento da Ambev. E o último Boletim Focus previu um crescimento de 4,78% do PIB brasileiro em 2021 e de apenas 0,78% no próximo ano.

“O PIB per capita e o consumo de álcool estão razoavelmente correlacionados. Como consequência, mesmo um ‘salto’ relativamente pequeno poderia impactar as receitas da Ambev”, afirma o boletim da XP, que vê a companhia segura na disputa pelo mercado nacional de cervejas. “Continuamos atentos à dinâmica competitiva entre a AmBev e seus pares, notadamente a Heineken e o Grupo Petrópolis, mas acreditamos que a empresa está bem posicionada para enfrentar esse desafio.”

O relatório também aposta que a volta do público a bares e restaurantes vai ampliar a recuperação do setor cervejeiro em 2022, com o aumento das margens. E avalia que a Ambev, inclusive, será mais beneficiada do que as suas principais concorrentes. Não à toa, mantém a indicação de compra do papel da companhia, com o preço-alvo de R$ 20.

“O canal on-trade (bares e restaurantes) tem preços mais altos e melhor mix de embalagens, então a mudança do off (supermercados) para o on-trade deve trazer melhores margens para todo o setor, mas players com uma base de clientes mais atomizada e mais capilaridade comercial estratégica, como a da Ambev, deve apresentar desempenho superior nesse ambiente, em nossa opinião. Um portfólio mais amplo também é necessário para atender um consumidor mais exigente e pode funcionar como uma vantagem”, concluem os analistas da XP.

E fora do Brasil?
A perda que a ação da Ambev teve em novembro no mercado financeiro brasileiro se repetiu com as duas maiores cervejarias do mundo no mercado europeu.

O papel da AB InBev iniciou dezembro com valor de 49,26 euros, uma desvalorização de 6,65% em relação ao mês anterior. Já a ação da Heineken terminou em novembro com preço de 87,94 euros. Desse modo, perdeu 8,22% do seu valor no período de um mês.

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