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7 avaliações sobre o Anuário da Cerveja e as perspectivas para o setor

Para especialistas, continuidade do crescimento do setor cervejeiro precisará da diversificação

Divulgado na semana passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Anuário da Cerveja de 2022 demonstrou a resiliência do setor ao trazer um crescimento de 11,6% no número de cervejarias registradas no Brasil, chegando às 1.729, um salto positivo de 180 estabelecimentos na comparação com 2021.

Para ter uma visão mais detalhada sobre o momento do setor, o Guia ouviu representantes de diferentes associações e entidades, que apresentaram suas avaliações sobre os resultados expostos pelo documento. E eles apontaram que a alta no número de registros indica que a cerveja continua sendo um produto em alta entre empreendedores e quem consome, mesmo com os desafios econômicos enfrentados nos últimos anos.

Além disso, os especialistas ponderam que os resultados do Anuário da Cerveja de 2022 indicam potencial para expansão da atividade para diferentes regiões do país, ainda que reconheçam dificuldades para empreender e a necessidade de reforço nas políticas públicas para ajudar especialmente os pequenos empresários.

Assim, acreditam ainda haver espaço para um crescimento significativo do segmento, um processo que passa pela expansão geográfica e diversificação dos produtos, aspectos fundamentais para a construção de um futuro promissor para a cerveja artesanal e a indústria cervejeira no Brasil.

Leia também – Anuário do Mapa: conheça as cidades mais cervejeiras do Brasil

Confira as opiniões dos especialistas sobre o Anuário da Cerveja de 2022:

Abracerva (Gilberto Tarantino, presidente)
“Vemos que os números de fato refletem o que o setor viveu em 2022, um período de recuperação e resiliência. O anuário reforça também que nosso segmento tem altíssimo potencial para gerar bons negócios e ainda não é explorado em todas as suas possibilidades. Enquanto há cidades e estados muito adensados e bastante maduros, outros ainda não foram contemplados com um volume mínimo de cervejarias locais e regionais. Já quando olhamos a taxa de crescimento de fábricas, embora pareça pequena em comparação com anos anteriores, ela é quase 4 vezes maior que a variação do PIB. Isso mostra que sentimos sim os impactos das sucessivas crises, mas temos novos empreendedores que acreditam na cerveja artesanal”.

Abralatas (Cátilo Cândido, presidente-executivo)
“O setor cervejeiro, nosso parceiro de longa data, mostra seu potencial ano a ano. Há um importante impacto das novas cervejarias, que se espalham por todo o Brasil, mostrando o grande público que se interessa pela cerveja brasileira. É importante ressaltar que a maior parte (share) de toda a cerveja vendida hoje no país é em lata, a embalagem mais segura e sustentável que existe. Comemoramos junto ao setor cervejeiro estes números positivos certos de que a latinha e a cerveja estarão sempre juntos, em parceria, agradando em cheio o consumidor brasileiro”.

“Acredito que o setor continuará em crescimento. É visível o interesse do consumidor de cerveja por novas opções, novos formatos de lata e sabores. O consumidor está cada vez mais exigente e curioso, demandando o melhor produto na melhor embalagem. E nós seguimos em conjunto com o mercado cervejeiro nesta busca por mais e melhores opções para a cerveja brasileira”.

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Abrasel (Paulo Solmucci, presidente-executivo)
“A constante e pungente taxa de crescimento das cervejarias no Brasil demonstra que os consumidores valorizam muito a cerveja e, consequentemente, essa expansão da oferta se torna muito importante para o setor de bares e restaurantes, especialmente com a qualidade elevada que se observa hoje. A expansão da produção de cervejas no Sul e Sudeste do país chama muita atenção, mas, em especial, nós comemoramos o fato de que as cervejarias estão se expandindo também nas regiões Norte e Nordeste, mercados que certamente valorizarão estes investimentos”.

Aprolúpulo (Herman Wigman, presidente)
“Os dados dos Anuário da Cerveja 2022 trazem muitas boas notícias para o lúpulo brasileiro. Vimos o número de cervejarias crescer em todas as regiões do país, o que é muito importante para uma cultura agrícola que também avança por todo o território nacional. Hoje, as micro e pequenas cervejarias ainda são o principal mercado do lúpulo nacional, então a chegada de quase 200 novas marcas ao mercado amplia ainda mais as oportunidades para o nosso segmento. E outro dado muito relevante diz respeito à aceleração no registro de novos produtos, que indica uma diversificação cada vez maior do mercado, algo em total sintonia com o que o lúpulo brasileiro oferece. Nosso setor também cresce em ritmo acelerado e tem o objetivo de transformar a cerveja brasileira, oferecendo mais qualidade e diversidade, com custos altamente competitivos”.

Febracerva (Marco Falcone, presidente)
“Os números são expressivos. Em um país pós-pandemia, estagnado, ter um crescimento relevante, com mais de 1.700 cervejarias, é algo impressionante. Hoje, respondemos por 2% do PIB nacional, o que não é pouco, com empregos para mais de 2 milhões de pessoas. Isso tudo demonstra o poder de uma área ligada à gastronomia e saudável, por seu baixo teor alcoólico, sendo um alimento importante”.

Ministério da Agricultura (Eduardo Marcusso, servidor público e consultor técnico da Câmara Setorial da Cerveja)
“Acredito que estamos chegando em um platô de crescimento, ou seja, apesar de crescer, existe uma limitação no processo. Assim, a cada pesquisa se consolida a necessidade de incentivos para as pequenas cervejarias. A reforma tributária vai ajudar muito, mas é providencial para manutenções do crescimento das pequenas cervejas a diferenciação tributária por tamanho de empresa para além do Simples Nacional”.

Sindicerv (Márcio Maciel, presidente-executivo)
“Os números apresentados comprovam o potencial do setor cervejeiro, que demonstrou evolução e crescimento de micro, pequenas e médias cervejarias, mesmo diante de um cenário desafiador e marcado pela alta taxa de juros e inflação em elevação”.

“É o primeiro ano cheio após a pandemia. Tivemos um carnaval que foi considerado o maior de todos os tempos, com mais de R$ 8 bilhões inseridos na economia segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio) e grandes eventos que irão acontecer no país, além da sinalização de reformas estruturantes sendo discutidas, como a reforma tributária. Tudo isso é sinalização para o empresário, seja grande ou pequeno, de que vale a pena investir no Brasil e continuar produzindo. Os empregos estão sendo retomados e a perspectiva é que a renda melhore também”.

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