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Insumos locais, articulação política e eventos: setor aponta chaves para crescer

Representantes da indústria avaliam fatores que podem ajudar a impulsionar crescimento do segmento cervejeiro

O setor cervejeiro inicia o segundo trimestre de 2024 com grandes expectativas de impulsionar a sua expansão. Especialistas consultados pelo Guia identificaram várias oportunidades que podem contribuir para um restante de ano positivo, incluindo o aumento da produção de ingredientes locais, a realização de eventos para disseminar a cultura cervejeira e os avanços na reforma tributária a partir de uma articulação política que unifique o segmento.

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) destaca a importância do incremento da produção local de ingredientes essenciais para a cerveja, não apenas para a expansão do agronegócio, mas também para trazer diversificação ao setor cervejeiro do país.

Leia também – Principais cervejarias ocidentais perdem 26,7 mi de hectolitros em 2023

“Em 2024, o Sindicerv espera que o setor invista cada vez mais em produtos que traduzam a diversidade da cultura cervejeira com inovações para os consumidores e incentivos ao consumo responsável”, afirma, em nota.

A produção nacional de lúpulo cresceu 203% no último ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo). Além disso, a produção de cevada pelo Brasil deve ultrapassar as 484 mil toneladas neste ano, um crescimento de 27% em relação a 2023, segundo o IBGE.

A esse incremento da oferta de ingredientes locais, se soma um cenário macroeconômico mais saudável, o que pode contribuir para o empreendedorismo cervejeiro. “Acreditamos em uma retomada da atividade em 2024, com questões da economia interna mais bem resolvidas. E as cervejarias têm de se preparar para isso”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) e da Câmara Setorial da Cerveja, Gilberto Tarantino.

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Ao mesmo tempo, a indústria da cerveja tem se articulado nas discussões alusivas à reforma tributária, com a proposta para que a cobrança do Imposto Seletivo, previsto na proposta aprovada em 2023, incida de acordo com a graduação alcoólica de cada bebida.

“O setor cervejeiro está trabalhando para se fazer ouvido na regulamentação do imposto seletivo no Brasil. Defendemos a adoção de boas práticas internacionais, o caráter extrafiscal do tributo e que cada bebida seja tratada conforme suas especificidades. Esperamos que a regulamentação caminhe junto com o desenvolvimento da indústria cervejeira e que o setor siga, assim, contribuindo para a economia do país”, afirma o presidente do Sindicerv, Márcio Maciel.

A articulação também envolve a busca pela isenção do Imposto Seletivo para cervejarias enquadradas no Simples Nacional, assim como a posterior criação de faixas de tributação mais condizentes com o porte de cada cervejaria.

Para 2024, nosso maior desafio é a reforma tributária. A maioria das cervejarias não se ligou que o Imposto Seletivo pode aumentar a carga tributária de todas elas, inclusive as do Simples. Estamos trabalhando na Câmara Setorial e com outras associações para que não suba. Outro trabalho é reduzir o imposto das artesanais, com a criação de faixas diferenciais para cobrança”, comenta Tarantino.

A indústria cervejeira também está focada em otimizar seus eventos, que são uma parte essencial do segmento. Busca-se não apenas realizar mais negócios, mas também propagar conhecimento e fortalecer os laços com os consumidores.

“Os conteúdos apresentados nessa edição do CBCTEC – Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira serão de altíssima qualidade, contribuindo para a especialização e capacitação do mercado nacional. Já no Mondial de la Bière, o projeto tem como objetivo manter a qualidade apresentada e encontrar formas de reunir mais cervejarias de outras partes do Brasil e de outros países, contribuindo assim para uma experiência mais ampla e diversa para os milhares de visitantes”, diz o gerente de negócios da GL events e responsável pela Brasil Brau, Gabriel Pulcino.

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