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Pode faltar garrafa de vidro para a indústria de bebidas após 2025, alerta estudo

Produção de vasilhames recuou, mas investimento recentemente indica menos desafios em 2023, 2024 e 2025

O acesso à garrafa de vidro pode se tornar mais desafiador para a indústria de bebidas alcoólicas após 2025. O alerta foi realizado pela Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e a KPMG, que produziram um estudo setorial sobre os desafios da cadeia de abastecimento do setor de bebidas alcoólicas.

Essa preocupação com a dificuldade de encontrar as garrafas de vidro se dá por uma recente queda na oferta desse tipo de embalagem. Afinal, enquanto houve crescimento de 12% no volume de bebidas alcoólicas em 2020 e 2021, a produção de vasilhames recuou de 7,708 bilhões em 2019 para 7,311 bilhões de garrafas em 2020.

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Investimentos recentes em fábricas de vidro e em ampliações de fornos trazem perspectivas de resolução temporária do desafio, pois a expectativa é de que a produção desse tipo de embalagem no Brasil chegue a quase 9,5 bilhões em 2025, com crescimento de 22,5% na comparação com 2019.

Depois disso, porém, Abrabe e KPMG alertam para a possibilidade de falta de vasilhames. “A superação de desafios na cadeia de suprimentos requer uma abordagem estratégica e proativa, com a adoção de medidas preventivas e o uso de tecnologias para melhorar a eficiência e a resiliência da cadeia de abastecimento. Por isso, em conjunto com todas as nossas 36 associadas, trabalhamos para melhorar a reutilização de insumos e minimizar os riscos de um desabastecimento”, diz Cristiane Foja, presidente-executiva da Abrabe.

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Os últimos anos têm sido desafiantes para a indústria de bebidas alcoólicas. Afinal, foi necessário lidar com os efeitos que surgiram de modo abrupto com a eclosão da pandemia do coronavírus, a partir de março de 2020. Depois, o segmento também precisou encarar as implicações da Guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022. E foi com a preocupação sobre como a indústria de bebidas alcoólicas vem lidando com o cenário atual que o levantamento foi realizado.

O trabalho conjunto entre Abrabe e KPMG, intitulado Desafios da Cadeia de Abastecimentos da Indústria de Bebidas Alcoólicas, apontou que a escassez da garrafa de vidro é um dos principais desafios a serem superados pelas empresas do setor. Outras preocupações da indústria de bebidas alcoólicas envolvem o aumento de custos de insumos agrícolas e o prazo de entrega de equipamentos.

Não à toa, pois, de acordo Abrabe e KPMG, o estudo “destaca a grande dependência do setor de insumos e maquinário importado e trouxe para os holofotes a complexidade logística internacional combinada com a burocracia nos processos aduaneiros”.

O levantamento foi realizado a partir da compilação e análise de dados disponibilizados pelas principais empresas do mercado, associadas à Abrabe, que representam 29% do volume de bebidas comercializadas no país, com receita bruta de R$ 37,7 bilhões.

“Por um lado, o mercado de bebidas alcoólicas cresce mundialmente e está em plena transformação nos hábitos de consumo, e por outro, a indústria encontra desafios complexos como a falta de insumos e vasilhames, inflação alta, crises climáticas e aumentos expressivos de estoques e custos logísticos. O planejamento em longo prazo e o pensamento inovador e tecnológico são requisitos essenciais para o setor continuar crescendo de maneira sustentável”, diz Thais Balbi, sócia de estratégia da KPMG.

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