fbpx
breaking news New

Com lei seca, SAB cancela aporte de R$ 1,4 bi e amplia conflito na África do Sul

SAB também prometeu ação de inconstitucionalidade na Justiça contra a adoção da lei seca na África do Sul

As medidas restritivas adotadas pelo governo da África do Sul durante a pandemia do coronavírus, incluindo a proibição da venda de bebidas alcoólicas, têm irritado e provocado críticas e conflitos com a maior cervejaria do país, a South African Breweries (SAB). Nas últimas semanas, a marca anunciou o cancelamento de investimentos de US$ 265 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhão), além de ter anunciado que iria à Justiça contra a lei seca.

A África do Sul registrou, até a última segunda-feira, 37.105 mortes pelo coronavírus. E uma nova variante da doença foi descoberta no país na semana do Natal, tendo múltiplas mutações, além de ser associada a uma maior carga viral, causando preocupação nas autoridades sanitárias.  Até por isso, no fim de 2020, o governo da África do Sul impôs, pela terceira vez no período de um ano, a proibição total da venda de bebidas alcoólicas.

Leia também – Redução de impostos sobre cervejas artesanais se torna permanente nos EUA

Tendo a medida como justificativa, a SAB anunciou o cancelamento do investimento de US$ 265 milhões (R$ 1,4 bilhão) nas suas instalações na África do Sul. Com o corte, a cervejaria deixará de utilizar os recursos em melhorias nas suas fábricas, como em novos maquinários e sistemas operacionais.

Publicidade

A medida do corte de investimentos já havia sido adotada pela SAB, uma subsidiária do grupo multinacional AB Inbev, em agosto, quando o governo sul-africano impôs a segunda proibição da venda de bebidas alcoólicas desde o início da pandemia do coronavírus.

“Dado o impacto material que esta terceira proibição da venda de álcool tem em nosso negócio e a possibilidade de novas proibições, não temos escolha a não ser interromper esses investimentos”, destaca Richard Rivett-Carnac, vice-presidente de finanças da SAB, que possui cervejas renomadas no país, como a Castle e a Carling Black Label.

Já o presidente da África do Sul, Cyril Ramphosa, se disse “preocupado” com a decisão da SAB. “A South African Breweries é uma importante empresa em nosso país, há mais de 100 anos. E obviamente estamos preocupados que eles tenham tomado esse tipo de decisão”, lamenta.

Ramphosa, porém, ressaltou a necessidade de adoção da lei seca na África do Sul para ter mais leitos hospitalares disponíveis durante a pandemia do coronavírus. “Vimos como a proibição do álcool por um período resultou na abertura de vagas em nossos hospitais. E a utilização de leitos hospitalares por pessoas que vêm de traumas, como acidentes, esfaqueamentos induzidos por álcool e assim por diante, estão ocupando leitos hospitalares que são muito necessários para lidar com a Covid-19.”

Recentemente, também durante o terceiro período da lei seca na África do Sul, a SAB havia anunciado a intenção de acionar a Justiça contra a medida governamental por considerá-la inconstitucional, mantendo o tom crítico diante das políticas proibitivas adotadas durante a pandemia do coronavírus.

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password