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Preço da cerveja tem alta de 2,55% em novembro e volta a superar IPCA

Ficou bem mais caro comprar cerveja em novembro. A constatação veio através da divulgação da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, que apontou uma alta de 2,55% no preço do item no domicílio em novembro.

A expressiva inflação da cerveja no domicílio supera até mesmo a do índice geral, que ainda assim foi a maior para o mês desde novembro desde 2015, de 0,95%, e contrasta com o grupo de alimentação de bebidas, que apresentou pequena deflação no período, de 0,04%.

Leia também – Cervejarias reveem logística como saída para driblar inflação e alta da gasolina

É o segundo mês consecutivo em que a inflação da cerveja superou a alta do IPCA, o que já havia ocorrido em outubro, quando os índices foram de 1,77% e de 1,25%, respectivamente. Agora, com essa aceleração de 2,55% em novembro, o preço da cerveja no domicílio acumula alta de 8,55% ao longo de 2021. E está em 8,95% no período de dezembro de 2020 até novembro.

O preço da cerveja fora do domicílio também acelerou em novembro, ainda que em ritmo mais lento, apresentando alta de 1,36%. Agora, então, tem inflação de 4,73% neste ano e de 5,67% ao longo dos últimos 12 meses.

Essa inflação relevante da cerveja se insere em um contexto de alta do IPCA, que ficou em 0,95% em novembro, chegando aos 9,26% neste ano. E agora está em 10,74% nos últimos 12 meses, o maior índice desde novembro de 2003.

A alta do IPCA foi puxada pelos transportes (3,35%), com enorme influência dos combustíveis, principalmente da gasolina (7,38%), mas também do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Com isso, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, de 49,56%. A habitação (1,03%) foi o grupo com o segundo maior impacto no IPCA em novembro, pressionado, novamente, pela energia elétrica (1,24%).

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“Além da bandeira tarifária da Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, em vigor desde setembro, houve reajustes nas tarifas em Goiânia, Brasília e São Paulo. Em Belém e Porto Alegre o recuo decorreu da redução da alíquota de PIS/Cofins”, detalha o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

A inflação em novembro poderia, inclusive, ter sido maior, não fosse a Black Friday. De acordo com a avaliação de Kislanov, embora a data seja na última sexta-feira do mês, os preços promocionais foram adotados durante todo o mês.

“A Black Friday ajuda a explicar a queda tanto no lanche quanto nos itens de higiene pessoal. Nós observamos várias promoções de lanches, principalmente nas redes de fast food no período. E no caso dos itens de higiene pessoal, várias marcas nacionais deram descontos nos preços dos produtos em novembro. No Brasil, diferente de outros países, os descontos não são centrados em um único dia. Os descontos acabam sendo dados ao longo do mês”, explica.

Isso pode explicar a deflação do grupo de alimentação e bebidas, que ficou em 0,04%, influenciada pela queda de 3,37% nos preços de lanches. Agora, então, há inflação de 7,04% em 2021 nos itens de alimentação e bebidas em 2021. E ela agora está em 8,9% nos últimos 12 meses.

Em oposição à alta do preço da cerveja, as demais bebidas alcoólicas tiveram inflação abaixo do 1% em novembro. No domicílio, o item acelerou 0,09%. A alta está, agora, em 1,31% em 2021. E fica em 1,48% no período de 12 meses. Já as outras bebidas alcoólicas aumentaram seus preços em 0,92% em novembro. Nesse caso, há inflação de 0,77% no ano e de 3,73% em 12 meses.

1 Comment

  • Valter Reply

    15 de dezembro de 2021 at 16:38

    Não há dúvida que após a crise da pandemia, bares e restaurantes ficaram com muita sede! sede de faturamento!, porém os donos de bares e restaurantes precisam ficar atentos para o consumidor que está retraído, sem dinheiro e sem ver luz no fim do túnel de 2022.
    O consumidor já descobriu que a parte mais salgada da conta está nas bebidas. Ele já conhece a máxima: “dê comida, mas cobre a bebida” e está preferindo, por exemplo, comprar bebidas nos supermercados e encomendar apenas pizzas.
    Nas praias, esse hábito já está virando rotina! banhistas passam antes no mercado compram as bebidas e só gastam com alimentos.
    Lições da pandemia!

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