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Queda na produção de alcoólicas afeta indústria e reduz projeções do 4º tri

Fabricação de alcoólicas, como cerveja, registra recuo de 2,7% nos 10 primeiros meses de 2022

A queda na produção de bebidas alcoólicas em outubro pressionou a atividade industrial no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a fabricação apresentou redução de 8,4% no décimo mês de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso, inclusive, reduziu as projeções de expansão para o quarto trimestre, realizadas por especialistas, mesmo com a sazonalidade e a disputa da Copa do Mundo.

Com o forte recuo em outubro, a produção de bebidas alcoólicas registra recuo de 2,7% no acumulado de 2022. E ainda está em queda, de 4%, no período de um ano, iniciado em novembro de 2021.

Além disso, análise da XP Investimentos aponta que o resultado da produção de bebidas alcoólicas em outubro foi inesperado e vai provocar impactos nos resultados do quarto trimestre.

(Créditos: XP Investimentos)

“A produção de bebidas alcoólicas ficou abaixo das nossas estimativas (7,9%) e, aplicando a sazonalidade, as estimativas para o 4T também caem 8%”, diz, apontando que isso deverá causar efeitos na Ambev, embora aponte que a previsão continue sendo positiva para o último trimestre de 2022.

“Aplicando a sazonalidade, nossa regressão sugere volumes de Cerveja Brasil da AmBev abaixo do que estimamos para o 4T, mas continuamos confiantes principalmente devido à recuperação do canal on-trade e consumo de fora de casa impulsionados pela Copa do Mundo”, acrescenta a XP.

E essa queda atingiu diretamente a atividade industrial nacional. Ainda que após dois meses de recuo tenha apresentado leve crescimento, de 0,3% em relação a setembro e com ajuste sazonal, o número poderia ter sido maior, não fosse a redução da produção de bebidas.

Mesmo assim, houve alta de 1,7% em relação a outubro de 2021. Ainda é, porém, pouco para evitar quedas na produção industrial brasileira nos dez primeiros meses de 2022, de 0,8%, e no período de um ano, de 1,4%.

Além disso, apenas sete dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento. Com esse resultado, o setor encontra-se 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 18,4% atrás do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Leia também – Após 4 meses de alta, ação da Ambev fica estável em novembro

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no início do ano, uma vez que marcou resultados positivos por quatro meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento de predominância negativa. Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, analisa o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo.

Impacto da produção de bebidas
Ainda que de modo menos brusco, a queda na produção de bebidas alcoólicas também foi acompanhada pelas não alcoólicas em outubro. O recuo, no período, foi de 3,1%. Apesar disso, ainda há alta, de 10,1% no acumulado do ano e de 6,6% no período de 12 meses.

Já a produção de bebidas caiu 9,3% em outubro na comparação com setembro e 5,9% em relação ao mesmo mês de 2021. Mas registra crescimento de 3,2% em 2022, assim como de 1% nos 12 meses iniciados em novembro do ano passado.  

A produção de bebidas, que já tinha recuado 5,7% em setembro, foi a terceira atividade a causar mais impacto negativo na atividade industrial em outubro, atrás apenas de veículos automotores, reboques e carrocerias, e de máquinas e equipamentos.

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