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Reação do setor ainda não chegou às artesanais, avaliam especialistas

Aumento da produção de bebidas alcoólicas nos últimos meses tem sido conduzido pelo consumo de cervejas mainstream

O ritmo de produção e vendas na indústria cervejeira está em recuperação. Porém, essa retomada acontece mais para os grandes conglomerados do setor, enquanto as cervejarias artesanais ainda enfrentam dificuldades para se firmarem no mercado, apontam especialistas ouvidos pelo Guia. O segmento das cervejas artesanais, segundo eles, ainda não conseguiu recuperar seu espaço na cesta de compras dos consumidores.

“O consumo de cervejas artesanais vem sofrendo com a economia, e o público tem optado por produtos de valor mais baixo, fazendo com que as cervejas artesanais deixem de ser prioridade”, avalia o gerente de negócios da GL events e responsável pela Brasil Brau, Gabriel Pulcino.

Leia também – Quais as estratégias das cervejarias diante do aumento de custos

O presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) e da Câmara Setorial da Cerveja, Gilberto Tarantino, identifica um desafio para as marcas artesanais acompanharem a recuperação da indústria cervejeira, relacionado ao aumento dos custos enfrentados ao longo de 2023

“No nosso segmento, as cervejarias com anos de estrada não observaram aumento de produção. Muitas mantiveram o nível da fabricação, comparado com anos anteriores, mas com aumento nos custos, pela alta dos insumos e da logística”, diz.

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Dados divulgados pelo IBGE indicam que após um primeiro semestre desafiador, a produção de bebidas alcoólicas registrou reação na segunda metade de 2023, com seis meses consecutivos de crescimento, fechando o ano com expansão de 0,2%. Esse ritmo positivo se manteve em janeiro, com crescimento de 9,4% em comparação com o primeiro mês do ano passado.

Projeções da plataforma internacional Euromonitor, citadas pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), indicam crescimento de 4% na produção de cervejas no Brasil de 2022 para 2023, totalizando 15,7 bilhões de litros. Essa previsão, segundo o sindicato, deve ser confirmada ainda no primeiro semestre.

O Sindicerv avalia que o setor cervejeiro foi positivamente impactado no ano anterior pela retomada de eventos, shows e confraternizações após o fim da pandemia do coronavírus, juntamente com a chegada do verão, período de grande movimentação no país, principalmente turística, visão compartilhada por Pulcino.

“Esse aumento é basicamente conduzido pelo consumo de cervejas mainstream. Os grandes eventos que ocorrem no segundo semestre, assim como as festas de final de ano são responsáveis pelo consumo elevado e com a chegada do verão e carnaval possivelmente esse número se manterá”, conclui o gerente de negócios da GL events.

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