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StartUp Brewing cria técnica e reaproveita lúpulo em novos rótulos

Projeto Trub Session busca fazer bom uso dos recursos naturais, gerando produtos com a mesma qualidade, mas com preços mais acessíveis

A StartUp Brewing segue desbravando interessantes caminhos no mercado de cerveja. A última novidade foi desenvolver um processo para utilizar o reaproveitamento de lúpulo no processo de fabricação de cervejas. A técnica, desenvolvida através do projeto Trub Session, já foi aplicada na produção de três novos rótulos na cervejaria: Trub Session #1 (Session NEIPA) e Trub Session #2 (Juicy IPA), da UX Brew, e Session IPA, da Unicorn.

O Trub Session busca otimizar o uso dos recursos naturais, permitindo uma maior economia com os insumos e gerando produtos com a mesma qualidade, mas com preços mais acessíveis ao consumidor justamente por racionalizar a aplicação do lúpulo.

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Para tornar possível o projeto, a fábrica, que já havia recebido investimentos prévios em tecnologia, foi adaptada em uma das etapas do processo de produção das cervejas e no treinamento às equipes.

“O uso massivo de lúpulo em cervejas muito lupuladas é o insumo mais caro da maioria das receitas de cervejas artesanais, e o que tem o maior impacto no preço final quando sai de uma fábrica – sem contar impostos, é claro”, explica André Franken, diretor da StartUp Brewing.

Buscando a democratização das artesanais e a crescente impressão de sustentabilidade em todos os processos que envolvem a sua produção, a cervejaria já lançou mais de 20 rótulos neste período de isolamento social, entre marcas próprias e aceleradas como Unicorn, Juan Caloto e Ux Brew. 

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O processo
Para viabilizar o reaproveitamento, são retirados os lúpulos que foram usados no processo de dry hopping de uma cerveja muito lupulada. A massa vegetal, ainda concentrada de alta carga de aroma, funciona como uma bioreciclagem, reutilizando o insumo em uma segunda receita de cerveja que precisa de menor carga de lúpulo. Desta forma, cada vez um mesmo rótulo da série Trub Session ganhará um perfil sensorial diferente, por conta das cervejas doadoras desses lúpulos.

De acordo com a cervejaria, existe apenas uma referência em um site norte-americano, citando estudos sobre a técnica de aplicação da tecnologia. “Não temos informação se lá essa técnica já é utilizada com a mesma finalidade, mas é certo que, por aqui, já estamos queremos expandir a receita”, comenta Franken.

Já as receitas do projeto utilizam uma pequena porcentagem de lúpulos em pellet, além dos reaproveitados. E, embora essa etapa ainda não represente uma redução muito significativa no custo, a marca garante que toda a economia obtida vem sendo repassada ao consumidor final.

A cervejaria, que já investia em outras ações para a reutilização do lúpulo, deverá dar continuidade aos projetos sustentáveis já existentes, como a secagem posterior adaptada dessas massas vegetais oriundas do insumo, que são enviadas para uma empresa especializada e certificada nos órgãos ambientais para reaproveitamento desses resíduos em adubo.

O bagaço do malte de toda produção da fábrica, por sua vez, também tem destino certo: é armazenado em bombonas fechadas e enviado a criadores de ovinos que os utilizam como ração. E o lixo reciclável da fábrica, depois de separado, é repassado a uma cooperativa credenciada.

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