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Conscientização sobre uso de álcool busca ajudar a reduzir acidentes

ONU e OMS realizam Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2021-2030 com meta de prevenir ao menos 50% das mortes e lesões no trânsito

O período festivo costuma ser lembrado pelas celebrações, mas também pode contar com uma união que sempre será perigosa: álcool e trânsito. Afinal, viagens e deslocamentos são comuns nessas datas, assim como o consumo de bebidas alcoólicas. E ter a consciência de que um não combina com o outro é fundamental.

Algumas pesquisas recentes têm indicado a relação direta entre acidentes de trânsito e consumo de álcool. Trabalho realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) mostrou presença de álcool no sangue de 38% dos motoristas que perderam a vida em acidentes de trânsito entre 2018 e 2021.

Dado semelhante veio do Espírito Santo. Por lá, um levantamento do Laboratório de Toxicologia Forense da Polícia Civil revelou que 48% das vítimas fatais de acidentes de trânsito no estado em 2020 estavam sob o efeito de drogas. E o álcool estava presente em 31,4% das vítimas fatais.

Leia também – Eventos em sequência pressionaram fornecedores da indústria cervejeira

Como reduzir o número de acidentes de trânsito é uma meta global, as frentes de conscientização e punição têm atuado diretamente sobre o álcool. Em maio de 2021, o STF considerou que a punição ao motorista que se recusar a fazer o teste do bafômetro é constitucional. Além disso, manteve a proibição de venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais e a tolerância zero ao consumo de álcool imposta pela Lei Seca.

Globalmente, ONU e Organização Mundial da Saúde realizam a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2021-2030, com a ambiciosa meta de prevenir ao menos 50% das mortes e lesões no trânsito até 2030.

As ações necessárias para atingir a meta de reduzir mortes e lesões no trânsito envolvem tornar as caminhadas, as bicicletas e o uso do transporte público seguros, assim como garantir vias, veículos e comportamentos seguros, alémd de assegurar atendimento de emergência oportuno e eficaz.

No mundo, mais de 3,5 mil pessoas morrem todos os dias nas vias, o que equivale a quase 1,3 milhão de mortes evitáveis e cerca de 50 milhões de pessoas lesionadas a cada ano. Com isso, essa é a principal causa de morte de crianças e jovens em todo o planeta.

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A queda no número de mortes no trânsito, porém, se tornou tímida nos últimos anos no Brasil. De acordo com o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), o número de óbitos caiu de 23.946 em 2018 para 22.857 em 2021.

Para acelerar essa evolução, trabalhos têm sido feitos, com o desenvolvimento de projetos e criação de ferramentas para conscientizar sobre o consumo moderado de bebidas alcoólicas envolvendo as iniciativas privada e pública. E algumas delas, inclusive, foram registradas em livro.

Recentemente, a Ambev apresentou os detalhes das ações envolvendo parcerias público-privadas no livro “Cooperação: o veículo da mudança – Como público e privado se uniram para fazer a gestão de trânsito no Brasil melhorar”. Nele, há relatos sobre os trabalhos por parte dos governos dos estados de São Paulo, Distrito Federal e Ministério da Infraestrutura, desenvolvido em parceria com a indústria cervejeira e a Falconi.

Os projetos de cooperação envolvendo a Ambev se iniciaram em 2013. E as iniciativas criadas incluem o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, atual Programa Respeito à Vida, em parceria com o governo do estado, que gerou a ferramenta de busca e base de dados Infosiga; e o programa Brasília Vida Segura, em parceria com o governo do Distrito Federal. Além disso, com o Ministério da Infraestrutura, foi criado o Renaest.

Entre os resultados alcançados, a Ambev cita a redução de 23% nas mortes no trânsito no estado de São Paulo. Já na etapa de Brasília, iniciada em 2016, a parceria contribuiu para queda de 61% no número de óbitos por acidentes de trânsito em quatros anos de execução.  

Com os resultados registrados em livro, a Ambev espera que mais ações sejam implementadas, permitindo que, a partir das lições reunidas, outras empresas também participem de iniciativas semelhantes em parceria com o poder público.  

“Buscamos dividir essa experiência para que outras entidades e empresas possam explorar as possibilidades de unir o público e o privado para promoção de impacto positivo na sociedade buscamos novos caminhos para levar o consumo responsável a uma terceira potência, nos provocando a reprogramar a cultura da sociedade e potencializar a importância do consumo moderado nos próximos anos”, diz Rodrigo Moccia, diretor de relações institucionais da Ambev.

1 Comment

  • Cesar Pazinatto Reply

    5 de janeiro de 2023 at 21:22

    Onde posso encontrar esse livro?
    Obrigado.

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