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Heineken e Constellation saem do mercado de cervejas “3.2” nos EUA

corona e modelo 3.2
Com a queda de legislações restritivas em estados americanos, grandes cervejarias já não veem sentido em vender cervejas 3.2, mais fracas

Duas das maiores cervejarias do mundo, a Heineken e a Constellation Brands anunciaram que vão parar de produzir e distribuir nos Estados Unidos as cervejas fracas, conhecidas como “3.2 beer”. As decisões acontecem pois ambas concluíram que a modalidade não é mais lucrativa.

A cerveja “3.2”, em que o álcool corresponde a menos de 3,2% de seu peso (o equivalente a 4% AVB), apareceu por décadas como uma saída viável em um cenário de legislações rígidas. Nos últimos anos, no entanto, esse rigor já não é o mesmo, ao passo que estados norte-americanos vêm flexibilizando as regras.

Em novembro, por exemplo, o estado de Utah alterou a lei que por 86 anos proibiu a venda de cervejas mais fortes do que as 3.2 em lojas de conveniência e supermercados de bairro. A nova norma aumentou a gradação máxima para 4.0, o que põe de volta às prateleiras de pequenos comércios as cervejas de até 5% ABV.

A própria Budweiser, ao anunciar a chegada no estado da sua versão “completa” em substituição à leve, comemorou com um “funeral” o fim da velha regras.

A flexibilização
Utah foi o último de uma série de estados que flexibilizaram sua legislação recentemente: nos últimos 14 meses, varejistas de Colorado, Oklahoma e Kansas comemoraram o fim da imposição de um produto que, para eles, não tem demanda para se justificar.

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Agora, o estado de Minnesota é o único dos 50 estados norte-americanos a manter uma lei proibindo esse tipo de comércio. Lá, uma caixa com seis lonk necks de cerveja com a graduação alcoólica regular só pode ser comprada nas lojas que comercializam exclusivamente bebidas alcoólicas – as chamadas “liquor stores”.

Até 2017, no entanto, essas lojas não podiam abrir aos domingos, limitando os consumidores à compra de rótulos “3.2” em lojas de conveniência ou mercados de bairro. Mas, desde o ano passado, as liquor stores estão autorizadas a operar aos domingos, o que derrubou consideravelmente o consumo das “3.2”.

A proibição remonta a uma lei federal assinada pelo presidente Franklin Delano Roosevelt em 1933, nove meses antes do final da vigência da Lei Seca. Na época, tratava-se de um “avanço”, ao menos permitindo a venda de bebidas que supostamente trariam menos problemas (o limite 3.2 tem poucos argumentos científicos) em determinadas condições, em vez de uma proibição total.

Atualmente, contudo, ela funciona como um “resquício” da época de restrições e, ao longo das décadas, segundo historiadores como Maureen Ogle (autora de Ambitious Brew: The Story of American Beer), a presença das 3.2 no mercado dependeu do consumo por parte de jovens entre 18 e 21 anos, público muitas vezes submetido a leis mais restritas em diversos estados.

Com a saída das duas gigantes desse mercado, restam poucas cervejarias atuando com versões “leves”. A AB-Inbev tem afirmado que vai continuar trabalhando com volumes limitados para a categoria, mas está claramente tirando o pé. Em dezembro de 2017, a companhia anunciou que enxugaria aos poucos seu portfólio 3.2, em movimento semelhante ao feito pela MillerCoors.

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