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Entrevista: O que planeja a Academia da Cerveja com sua nova sede física

"Promoção da igualdade de oportunidades é prioridade, e estamos empenhados em diversificar nossa comunidade estudantil", afirma Alexandre Esber

O bairro Pinheiros, conhecido por ser um dos redutos cervejeiros de São Paulo, acaba de ganhar mais um espaço para a propagação da cultura cervejeira. Dessa vez, porém, a bebida vem acompanhada de salas de aula. É, afinal, lá onde está instalada a Academia da Cerveja, a escola de conhecimento cervejeiro da Ambev, que passa a contar com a sua sede física na capital paulista.

Foi um longo processo até que o espaço fosse inaugurado. Criada no fim de 2020, a Academia da Cerveja teve, desde o seu início, o desejo de contar com uma sede própria, plano que precisou ser adiado em função da continuidade da pandemia do coronavírus, a forçando a concentrar as suas atividades no modelo online.

Agora, porém, será diferente, com as práticas podendo acontecer em sua sede física, que conta com salas de aula, cozinha cervejeira e um pequeno laboratório, embora a escola da Ambev não vá abandonar as atividades online, até pela possibilidade de propagar conhecimento para outras regiões do Brasil.

A importância da divulgação da cultura e do conhecimento cervejeiro, aliás, foi o tema central da entrevista do Guia com Alexandre Esber, gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev. Na conversa, ele destaca os planos para a sede física da Academia da Cerveja, esperando que a inauguração do espaço ajude a consolidar a escola da Ambev como referência na formação cervejeira.

“A promoção da igualdade de oportunidades é uma prioridade, e estamos empenhados em diversificar nossa comunidade estudantil”, afirma Esber, apontando qual será um dos caminhos que a Academia da Cerveja pretende trilhar em 2024.

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Confira a entrevista do Guia com o gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, Alexandre Esber:

O que a abertura da sede física agrega para as atividades da Academia da Cerveja? Que benefícios isso traz e quais atividades específicas serão oferecidas para enriquecer a jornada educacional?
A abertura da sede física da Academia da Cerveja representa um marco significativo para nossas atividades, proporcionando um ambiente dedicado à excelência educacional cervejeira. Isso amplia nossa capacidade de oferecer experiências práticas e promover a interação entre alunos e instrutores. Os benefícios incluem instalações modernas para degustações, laboratórios de qualidade e salas de aula equipadas.

Desde a criação da Academia da Cerveja, contar com uma sede física foi um desejo da escola, que agora se concretiza. Como foi o processo para colocar esse desejo em prática e o que a experiência acumulada como escola cervejeira desde o seu início ajudou na preparação para atuação no seu próprio espaço físico?
O desejo de ter uma sede física foi conquistado através de muito planejamento. A experiência acumulada desde a criação da Academia da Cerveja nos proporcionou insights valiosos sobre as necessidades e preferência dos alunos – em termos de assuntos, formatos, tempos de ensino – e os requisitos do setor cervejeiro que nos incentivou a criar um espaço para aprendizados práticos. Foi um período de amadurecimento importante.

Pensando em 2024 já com o funcionamento da escola, quais são os objetivos e metas da Academia da Cerveja para o próximo ano?
Em 2024, a Academia da Cerveja busca consolidar sua posição como referência na formação cervejeira. Os objetivos incluem ampliar a oferta de cursos especializados, fortalecer parcerias com cervejarias e intensificar iniciativas de responsabilidade social, cumprindo seu papel de democratizar conhecimento e cultura cervejeira.

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Como você enxerga o papel da Academia da Cerveja e das demais escolas cervejeiras no desenvolvimento e crescimento do setor cervejeiro no Brasil?
A Academia da Cerveja, assim como outras escolas cervejeiras, desempenha um papel vital no crescimento do setor cervejeiro no Brasil. Ao oferecer educação especializada, contribuímos para a formação de profissionais qualificados, impulsionando a inovação e a qualidade. Promovemos a disseminação de conhecimento, capacitando empreendedores e estimulando este mercado. A colaboração entre as escolas cervejeiras é essencial para o fortalecimento coletivo do setor.

Em pesquisa recente realizada pelo Guia da Cerveja, 39% dos participantes apontaram que as barreiras socioeconômicas no acesso à educação e treinamento são o principal desafio para a inclusão e ascensão de negros na indústria da cerveja. Você concorda com essa avaliação? Como se pode resolver esse gargalo?

Concordamos que as barreiras socioeconômicas são um desafio real para a inclusão na indústria cervejeira. Para superar esse problema, a Academia da Cerveja está trabalhando ativamente para criar programas de bolsas de estudo, parcerias com organizações sociais e empresas do setor. Temos projetos atuais como o Forma que trabalham com esse intuito. A promoção da igualdade de oportunidades é uma prioridade, e estamos empenhados em diversificar nossa comunidade estudantil.

A Academia da Cerveja está implementando ou planejando iniciativas específicas para promover a diversidade e inclusão em seus programas educacionais? Como a instituição enxerga seu papel na superação das barreiras socioeconômicas para garantir a inclusão na indústria cervejeira?

A Academia da Cerveja está comprometida com a promoção da diversidade e inclusão em todos os seus programas educacionais. Implementamos, por exemplo, iniciativas como o projeto de bolsas com as Pretas Cervejeiras, proporcionando aulas para quase 500 alunas. Realizamos três edições de bolsas em parceria com a ESCM, voltadas para pessoas pretas e pardas, em um curso de formação de cervejeiro profissional de um ano. Nos cursos pagos, reservamos espaços para bolsistas, garantindo oportunidades igualitárias.

Além disso, desenvolvemos o curso T-forma, destinado a pessoas trans, e estabelecemos parceria com o programa Bora, focado na inclusão produtiva, treinando e conectando indivíduos a oportunidades de emprego. Sabemos que o mercado como um todo tem muita a avançar em termos de inclusão e diversidade e acreditamos que só com esforço conjunto do ecossistema conseguiremos superar cada vez mais as barreiras que ainda estão presentes.

Quais desafios a Academia da Cerveja identifica no cenário educacional cervejeiro e como superá-los?

Identificamos desafios como a necessidade de atualização constante dos programas para refletir as tendências do mercado, a diferença entre online e presencial, a adaptação rápida às inovações tecnológicas e a personalização dos cursos e escuta ativa para atender às demandas específicas dos alunos. Estamos superando esses desafios por meio de parcerias estratégicas, pesquisa contínua e flexibilidade curricular.

Considerando a evolução do mercado cervejeiro, quais mudanças ou tendências a Academia da Cerveja espera ver nos próximos anos?
A Academia da Cerveja espera ver uma maior ênfase em práticas sustentáveis, o surgimento de cervejas inovadoras e a consolidação da cultura cervejeira local. Antecipamos uma crescente demanda por produtos específicos e nichados e saudabilidade. A cerveja traduzindo mais para a mesa do bar suas propriedades únicas enquanto bebida: baixo teor alcoólico, feita com ingredientes naturais, adequada à confraternização e uma vida equilibrada. Estamos nos preparando para essas mudanças, ajustando nossos programas para refletir as tendências emergentes e garantir que nossos alunos estejam na vanguarda do setor.

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