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Homenageada por cerveja, Marta soma feitos e luta por igualdade no futebol

Craque da seleção brasileira foi inspiração para criação de cerveja por marca liderada por mulheres

Considerada a melhor jogadora de futebol de todos os tempos, Marta também é uma das mais importantes atletas do planeta. Seu status é resultado dos feitos conquistados dentro de campo, mas também por ser uma protagonista na batalha pelo reconhecimento e equidade do futebol feminino. E com sua relevância na sociedade, Marta já foi homenageada com uma cerveja que leva seu nome.

Eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo pela Fifa, Marta possui entre suas principais conquistas as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, além de ser a maior artilheira da história das Copas do Mundo. Atualmente, aos 37 anos, a camisa 10 continua sendo uma referência da seleção brasileira, que busca na Oceania o tão sonhado título da Copa do Mundo feminina.

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Tamanho talento e representatividade fazem com que a “Rainha” colecione recordes, títulos, admiradores e homenagens. E foi justamente a inspiração proporcionada por ela que levou a Ouse Beer a unir o esporte mais popular do mundo com duas das bebidas mais apreciadas, resultando na cerveja Marta, uma Lager com café.

Nayla Mohamad, sommelière e CEO da Ouse Beer, conta que a ideia de homenagear a jogadora com uma cerveja surgiu a partir de especulações – não concretizadas – de que Marta iria se aposentar durante a Copa do Mundo de 2019. “Marta é, de forma geral, uma inspiração para todas nós!”, enfatiza. “Decidimos unir o estilo mais popular, a Lager, com café! E assim nasceu a nossa Marta”, celebra.

Naquela Copa disputada na França e vencida pelos Estados Unidos, o Brasil se despediu nas oitavas de final, caindo para a seleção anfitriã. Mas mesmo sem o título, Marta brilhou. E não só pelo que fez em campo.

Um ano depois de ser nomeada embaixadora da ONU Mulheres para mulheres e meninas no esporte, “sendo reconhecida por seu compromisso ao longo da vida em desafiar estereótipos, superar barreiras e inspirar outras mulheres e meninas a fazer o mesmo”, ela viveu o que muitos chamaram de “despertar feminista”.

Após marcar o seu primeiro gol no torneio e alcançar o recorde de ser a primeira jogadora a marcar em cinco Copas diferentes, além de ter se igualado ao jogador alemão Klose na artilharia histórica da competição entre homens e mulheres, as chuteiras sem patrocínio da jogadora chamaram a atenção pelo símbolo de igualdade nas cores azul e rosa.

A ação conectou-se com a iniciativa denominada “Go Equal“, que se repetiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e agora na Copa do Mundo na Nova Zelândia e Austrália, com o objetivo de promover a igualdade de gênero no esporte e deixar um legado importante para todas as jogadoras.

A luta, encampada por Marta, demonstra como a diferença entre homens e mulheres no futebol ainda é gritante e injusta. Segundo informações do diário esportivo espanhol Marca, Marta recebe um salário anual de US$ 400 mil (R$ 1,91 milhão, na cotação atual) no Orlando Pride, dos Estados Unidos, valor que não chega a 1% do recebido por outro camisa 10 da seleção, Neymar, que joga no Paris Saint-Germain e receberia US$ 4,5 milhões (R$ 21,5 milhões) mensais.

Nayla destaca que, mesmo sendo exaltada como o maior nome da história do futebol feminino, Marta não é tratada de forma igual aos homens. “Nem financeiramente, tampouco em relação ao reconhecimento dado aos homens no futebol, que nem sequer possuem um título de melhor do mundo”, diz.

Nascida em uma família humilde no município de Dois Riachos (AL), Marta foi criada apenas por sua mãe, Tereza da Silva, junto com mais três irmãos. E as adversidades enfrentadas por Marta e pelas jogadoras de futebol também se reproduzem no ambiente da cerveja, com grande predominância masculina.

“Acredito que a maior importância [da cerveja Marta] e é o que tentamos mostrar, é a força da mulher cervejeira, uma vez que é um mercado extremamente masculino, assim como é o futebol”, comenta a CEO da Ouse Beer.

A Ouse Beer, uma marca cigana do Rio de Janeiro, é liderada por mulheres que também lutam por igualdade no setor das cervejas artesanais. Além da craque Marta, a cervejaria também já homenageou a cantora Rita Lee, Lélia González, pioneira nos estudos sobre a cultura negra no Brasil, e Tina Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir para o espaço.

“O público rapidamente se identificou com o sabor e a ideia da Marta! Ela é realmente deliciosa e desce muito bem, principalmente em uma mesa de bar assistindo nossa Martinha dando um show de bola!”, afirma Nayla.

Em campo ou fora dele, Marta é garantia de “show de bola”. E será assim, também, na Nova Zelândia e na Austrália, palco daquela que deve ser a sua última Copa do Mundo. O Brasil está no Grupo F, com estreia marcada para segunda-feira, às 8 horas (de Brasília), diante do Panamá. França e Jamaica serão os outros adversários na primeira fase.

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