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Produção de alcoólicas retrai 1,9% em 2022 mesmo com alta em dezembro

Alta de 2,6% no último mês do ano não foi suficiente para reverter cenário de recuo na fabricação das alcoólicas

A produção de bebidas alcoólicas pelo Brasil apresentou retração em 2022. De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE, a fabricação recuou 1,9% no ano passado, na comparação com 2021. A queda se deu mesmo com o avanço da atividade em dezembro.

O IBGE apontou que a produção de bebidas alcoólicas cresceu 2,6% no último mês de 2022, marcado pela estabilidade na atividade industrial brasileira, que não avançou ou recuou ante novembro. Mas há registro de retração de 1,3% quando se compara com dezembro de 2021, encerrando uma sequência de quatro meses de crescimento.

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Na avaliação da XP Investimentos, embora tenha vindo 0,7% abaixo da sua previsão, o resultado da produção de bebidas alcoólicas em dezembro ainda pode ser considerado positivo quando se observa o seu somatório com a alta das vendas de cerveja por bares e restaurantes.

“Uma vez que aplicamos a sazonalidade, nossa regressão sugere volumes para a Cerveja Brasil da AmBev um pouco abaixo (-1,8%) do que estimamos para o 4T, mas continuamos confiantes principalmente devido à recuperação do canal on-trade e consumo fora de casa impulsionado pela Copa do Mundo”, diz.

O crescimento da produção das alcoólicas no mês final de 2022 não foi, porém, suficiente para levar a fabricação das bebidas no Brasil a crescer no país em dezembro. O resultado ficou negativo em 2,8% em relação a novembro e de 1,1% ante o mesmo mês do ano passado. Ainda assim, terminou o ano com alta de 3%.

Esse crescimento da produção de bebidas em 2022 tem relação direta com o crescimento da atividade envolvendo as não alcoólicas. Afinal, ainda que com um recuo expressivo, de 4,9% em dezembro, a fabricação desse tipo de bebida apresentou expansão de 8,6% em todo o ano, na comparação com 2021.

A indústria em 2022
Em 2022, a produção industrial brasileira recuou em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 62,4% dos 805 produtos pesquisados, de acordo com o IBGE. E as principais influências negativas foram provocadas por indústrias extrativas (-3,2%), produtos de metal (-9,0%), metalurgia (-5,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-5,7%).

Já entre as atividades que apontaram expansão na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Nesse momento, a indústria brasileira está 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia da Covid-19 (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde, de maio de 2011. “Muito do crescimento de 2021 (3,9%) tem relação direta com a queda significativa de 2020, ocasionada por conta do início da pandemia. Avançou em 2021, mas foi influenciada por uma base baixa de comparação e não superou as perdas de 2020”, diz André Macedo, diretor da pesquisa do IBGE.

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