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Malte e longevidade impulsionam cervejaria tricentenária e mais antiga da Escócia

Fundada em 1719 na região de East Lothian, em Dunbar, Belhaven está completando 300 anos com aposta em novo lançamento

Mais tradicionalmente associado ao uísque, o malte escocês também está ligado às suas cervejas. E, especialmente, aos rótulos da Belhaven, a mais antiga cervejaria da Escócia em atividade no país, que recentemente completou 300 anos de fundação e leva a sua tradição para diferentes cantos do mundo, incluindo o Brasil.

A Belhaven foi fundada em 1719 na região de East Lothian, em Dunbar, cidade que fica a menos de 50 quilômetros a leste de Edimburgo e também da fronteira da Inglaterra. Desde então, a marca sempre se tornou conhecida pelo uso do malte escocês em suas receitas.

Essa tradicional cervejaria conta hoje com 20 rótulos fixos, além da eventual produção de marcas especiais e sazonais, tendo presença e espaço em um mercado dinâmico, em que várias cervejarias foram fundadas nas décadas recentes. E possui o rótulo mais vendido da Escócia, a Belhaven Best.

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“A Belhaven é percebida como uma cervejaria com produtos de qualidade e tradição, em um pais onde nove em cada dez cervejarias foram abertas nos últimos 20 anos”, afirma Ali Visserman, diretor da Boxer do Brasil, importadora responsável por trazer os rótulos da Belhaven ao país.

Ele destaca que a longevidade da Belhaven e a sua associação com a Escócia e seus rótulos a tornam exemplo e referência internacional dentro do setor cervejeiro.

“A Wee Heavy da Belhaven é considerada padrão da indústria para o estilo. Foi desenvolvido na cervejaria Belhaven há 300 anos e tipifica as cervejas escocesas, com muito malte de qualidade e pouco lúpulo, tendo em vista que lúpulo é um produto caro que não se pode cultivar na Escócia em função do clima do país”, explica Ali.

Mercado externo
Além da longa trajetória, a Belhaven tem na exportação uma das suas forças e diferenciais, tanto que 30% da sua produção é vendida para fora da Escócia. E essa característica foi reconhecida no fim de 2018, quando acabou sendo eleita a Exportadora do Ano pelo Scottish Beer Awards. Assim, além do Reino Unido, também pode ser encontrada na América do Norte, na Europa – em países como França, Suécia e Rússia – e também na Ásia, na China e em Hong Kong.

Esse peso da exportação no negócio da Belhaven traz a oportunidade – e também o desafio – de se levar tradições da Escócia e sua cerveja para outras nações. E, nesse caso, até a histórica ligação do país com o uísque está diretamente envolvida.

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“A Belhaven se identifica como marca escocesa e suas cervejas se espalham pelo mundo pela qualidade. Além disso, algumas das cervejas são inconfundivelmente escocesas ou influenciadas pela cultura escocesa”, comenta Ali.

“É o caso da Wee Heavy, por exemplo, e da Speyside Oak Aged Blonde Ale, uma Golden Ale que tem um toque de baunilha no paladar por ter passado por barricas de carvalho que foram usadas para envelhecer uísque”, acrescenta o sócio da importadora.

Novo momento
Com 300 anos de trajetória, a Belhaven pode se orgulhar de ter visto de perto, como participante, de diferentes processos da consolidação e crescimento do setor cervejeiro. A marca mesmo foi ativa nesse processo ao ser adquirida por um grupo maior, a  inglesa Greene King, avaliada como a maior cervejaria do Reino Unido, em negócio de 187 milhões de libras (aproximadamente R$ 1 bilhão, na cotação atual), realizado em 2015. Já em outubro, a Greene King foi adquirida pelo grupo CK Asset, de Hong Kong.

Além disso, a marca viu a eclosão do setor de artesanais. E, para se diferenciar desses “novatos” do setor, também vem apostando em aroma e sabor mais palatáveis a um público maior, além de ter ampliado a sua gama de rótulos e tipos de cerveja nos últimos anos.  

“Como toda cervejaria de tradição, a Belhaven faz cervejas equilibradas com ‘drinkability’ enquanto grande parte das cervejarias que nasceram no boom artesanal produzem cervejas interessantes e sempre audaciosas, mas que nem sempre se prestam ao consumo corriqueiro, seja pelas intensidades dos sabores, seja pelo preço”, diz Ali.

A marca, aliás, é exportada para o mercado nacional há apenas cinco anos, tempo mísero se comparado ao de sua trajetória. Ainda assim, acredita que tem causado algum impacto positivo, mesmo encarando um cenário de crise.

“A Belhaven chegou no Brasil junto com a recessão econômica que começou em 2014. Mesmo assim, Wee Heavy e Belhaven Black, um Scottish Stout, estão fazendo sucesso e estão disponíveis em várias redes de varejo. A Twisted Thistle, uma American IPA, faz sucesso nas torneiras dos melhores pubs do país”, conta Ali.

Lançamento
Aproveitando o aniversário de 300 anos, a cervejaria disponibilizou um novo rótulo no Brasil. É a Belhaven 1719 Pale Ale, cerveja que teve o seu pré-lançamento no Mondial de la Bière Rio.

O seu nome remete ao ano de criação da cervejaria, sendo uma Pale Ale britânica que leva três lúpulos: Centennial, Mandarina Bavaria e Galaxy. Possui 4,5% de graduação alcoólica e, segundo a fabricante, traz aromas e sabores de grapefruit, maracujá, melão, papaya e suave floral. O malte se apresenta levemente tostado e como caramelo, com corpo leve e final seco.

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