Corona é a marca de cerveja mais valiosa do mundo, aponta consultoria
A Corona é a marca de cerveja mais valiosa do mundo. Mesmo com a infeliz coincidência que associa o seu nome com a pandemia iniciada em 2020, a cervejaria mexicana consolidou esse status, de acordo com o relatório anual divulgado pela Brand Finance, uma consultoria de avaliação de negócios e estratégia.
O relatório, denominado Alcoholic Drinks 2021, aponta a Corona com valor de mercado de US$ 5,822 bilhões, o que a coloca como líder do ranking entre as marcas de cerveja. Teve, porém, uma queda expressiva, de 27,8%, em relação aos US$ 8,522 bilhões do documento de 2020. Mas manteve a dianteira da lista, ocupada desde 2019.
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A queda do valor de mercado da Corona, apontada pelo ranking da Brand Finance, também se deu com outras marcas de cerveja no ano passado. Tanto que se o somatório das 50 mais bem colocadas na lista ficou em US$ 94,9 bilhões no relatório de 2020 – e caiu para US$ 80,2 bilhões na relação de 2021.
De acordo com o relatório, isso se deu pelos efeitos da pandemia do coronavírus, com as medidas de distanciamento social e lockdown em diversos países do mundo no ano passado, diminuindo a demanda global por cervejas e demais bebidas alcoólicas.
“A pandemia, sem dúvida, forçou mudanças nas marcas de cerveja do mundo, que lutaram com mudanças significativas no estilo de vida dos consumidores provocadas pelas limitações na interação social. Marcas com forte reputação existente e bons níveis de familiaridade entre os consumidores são as mais preparadas para enfrentar a tempestade”, afirma Richard Haigh, diretor administrativo da Brand Finance.
As quatro primeiras colocadas da lista são as mesmas do ranking de 2020, com a Heineken em segundo lugar, com US$ 5,646 bilhões, à frente da Budweiser, em terceiro, e da Bud Light, em quarto. O Top 10 é completado por cervejas que ascenderam na lista. São elas, em ordem, a chinesa Snow, a mexicana Modelo, a japonesa Kirin, a norte-americana Miller Lite, a Asahi, também do Japão, e a Coors Light, dos Estados Unidos.
Asahi e Coors Light, aliás, ascenderam ao seleto grupo das dez marcas de cerveja mais valiosas, tirando dessa relação a chinesa Harbin, agora em 12º lugar, e a mexicana Victoria, na 14ª posição.
Marcas em ascensão
Também houve quem ganhou valor de mercado entre as marcas de cerveja em 2021. A Michelob, de origem belga, teve o maior crescimento, de 13 posições, para a 34ª da lista, ao aumentar o seu valor de mercado em 39%, para US$ 1,2 bilhão. Ao comentar essa expansão, a Brand Finance cita uma ação de marketing lançada no ano passado, nos Estados Unidos, em que as pessoas recebiam cerveja grátis se comprovassem a realização de exercícios físicos, denominada “Ultra Beer Run”.
Outras ascensões relevantes foram da marca australiana XXXX , que atingiu os US$ 743 milhões, crescendo 37% e subindo da 50ª para a 35ª posição, e da espanhola Estrella Damm, que expandiu 31%, para US$ 1,0 bilhão, saltando do 35º para o 24º lugar.
Já as maiores perdas foram da Harbin, de 45,8%, da mexicana Dos Equis XX, de 32,3%, e da Bud Light, de 31,4%.
Outra mexicana é a marca de cerveja mais forte
A Brand Finance também realizou um levantamento sobre as marcas de cerveja mais fortes, com uma pontuação de 0 a 100, que utiliza métricas como investimento em marketing, patrimônio e desempenho dos negócios.
E a mexicana Victoria saltou dez posições no ranking para se tornar a marca de cerveja mais forte do mundo, com uma pontuação de 87,8 pontos. É, aliás, a mais tradicional cerveja do portfólio do Grupo Modelo, de propriedade da AB InBev.
E o Brasil?
Ainda que nenhuma marca de cerveja de origem brasileira esteja entre as dez mais valiosas no ranking da Brand Finance, o país está bem posicionado na lista. São três marcas entre as 30 principais do mundo, todas da Ambev.
A Skol ocupa o 11º lugar, com US$ 2,3 bilhões, seguida pela Brahma, na 18ª posição, com valor de marca de US$ 1,4 bilhão, e pela Antarctica em 30º, com US$ 873 milhões. Já na relação das marcas mais fortes, a Skol é a segunda colocada, com 87,3 pontos, com a Brahma em quarto lugar, com 84,9.
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