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Entrevista: A amizade com o síndico e a cerveja do humorista Carioca

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Em entrevista exclusiva, Carioca explica como se aproximou do mercado cervejeiro e se tornou sócio de uma linha da Heroica

O humorista, ator e radialista Márvio Lúcio tinha quase tudo na vida. Sucesso nacional após despontar no Pânico, com um currículo festejado que inclui passagens por Joven Pan e posteriormente Globo, como repórter do Vídeo Show, o Carioca ganhou os holofotes e o carinho do público ao investir em personagens populares como Bolsonabo (Jair Bolsonaro) e Falso Silva (Fausto Silva). Parecia estar no paraíso. Mas ele próprio desconhecia que a fama não lhe trouxera a mais importante das conquistas: beber cerveja de qualidade.

Foi então que Carioca se mudou para um novo apartamento e conheceu Fabio Walch, curiosamente síndico do prédio e sócio da Cervejaria Heroica. Antes afeito às “cervejas tradicionais que o mercado oferecia, Pilsen por exemplo”, Carioca descobriu o imprescindível: “nunca bebi nada de bom até então (hauahuha)”. E, com a realização, veio uma nova conquista: com o estreitamento da amizade, o humorista se tornou sócio de uma linha cervejeira.

Inspirado no espetáculo Carioca em Más Companhias e lançado no segundo semestre de 2018, o primeiro rótulo da série foi a Bad Company I, uma Witbier com tapioca e cajá. O sucesso do lançamento resultou na Bad Company II, uma IPA com chutney de manga Palmer. E, novamente, com a boa aceitação do mercado consumidor, a dupla promete uma terceira novidade, ainda mantida em segredo pelo comediante.

Em entrevista exclusiva ao Guia, Carioca conta detalhes sobre sua incursão na cena cervejeira, explica a estratégia de mercado da Bad Company e analisa as semelhanças entre os universos do humor e da bebida mais consumida do Brasil.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Márvio Lúcio, o Carioca que atua como humorista, radialista, repórter e, agora, cervejeiro.

O que levou um comediante conhecido nacionalmente a se arriscar no mercado de cervejas artesanais?
Eu sempre curti cervejas e, quando me mudei para um novo apartamento, em 2014, fiquei amigo do meu vizinho Fabio Walch, que é síndico e já atuava na Cervejaria Heroica. Ele ia me trazendo novidades e me ensinando a beber o que há de melhor no mundo cervejeiro.

Como esse primeiro contato resultou na parceria com a Heroica e como chegaram aos dois primeiros rótulos?
Nessas idas e vindas, eu e o Fabio sempre falávamos de fazer uma cerveja em parceria. A concepção do projeto levou mais de um ano. Certo dia, em meados de agosto de 2018, resolvemos bater o martelo e definir como seria o produto, a comunicação e o público que gostaríamos de atingir. Nasceu então a Bad Company (derivada da minha turnê de espetáculos Más Companhias), a qual indiquei o uso da fruta cajá e o Fabio sinalizou que deveríamos trabalhá-la no estilo Witbier, para que o resultado agradasse tanto os cervejeiros mais experientes quanto os que estão começando neste mundo fantástico de sabores e possibilidades.

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Assim como uma boa comédia necessita de uma dose de humor ácido, a nossa interpretação do estilo belga Witbier contou com uma leve acidez proveniente do cajá, uma fruta refrescante e bastante consumida nas praias do Rio de Janeiro e do Nordeste. Para acompanhar essa tradição do carioca, adicionamos tapioca e erva mate, além de algumas especiarias, deixando assim o Rio de Janeiro e o Brasil um pouco mais próximos da Bélgica.

Qual o resultado da parceria até agora e o que planejam para 2019?
No final de 2018, com o sucesso da Bad Company I (Witbier com tapioca e cajá), resolvemos lançar a Bad Company II, uma IPA com chutney de manga Palmer, a qual também foi um grande sucesso e surpreendeu muitos apreciadores. Graças a Deus e ao nosso trabalho tem ido muito bem. Nosso objetivo em 2019 será manter o foco na linha Bad Company e lançar a III (segredo), mantendo as outras em linha para abastecer o mercado.

Como você encara o mercado de cervejas artesanais no Brasil? Antes de entrar nesse mercado, já apreciava cervejas? Quais eram seus rótulos e estilos favoritos?
Sempre fui de consumir as cervejas tradicionais que o mercado oferecia, Pilsen por exemplo, mas meu paladar foi alterando à medida que meu síndico (Fabio) trazia novidades, cervejas frescas lupuladas, sem pasteurização, algo de outro mundo. Então percebi que nunca bebi nada de bom até então (hauahuha).

O mercado hoje de cervejas artesanais passa por uma ebulição, há muitos rótulos e aventureiros, e confesso que não temos pressa. Queremos trabalhar o brand de forma a conquistar muitos apreciadores com uma cerveja fácil de beber, com preço competitivo, acessível dentro do propósito e qualidade superior, trazendo o que o Brasil pode ter de melhor na sua biodiversidade gastronômica.

É possível traçar um paralelo entre o universo brasileiro da cerveja e do humor?
A cerveja é uma bebida de celebração, de alegria. É a cerveja que une as pessoas em uma mesa de bar ou em um churrasco para contar histórias engraçadas e piadas. Assim como o humor une as pessoas pela alegria, a cerveja tem esse mesmo papel.

O que tua ampla experiência na cena humorística brasileira trouxe como benefício em tua incursão no mercado cervejeiro?
Nada. É um processo do zero, é um desafio, é um caminho novo, ao qual estou apreendendo junto com meus amigos e com a Heroica, porém, minha história, minha vida a qual as pessoas acompanham pelas mídias sociais ajuda a dar um respaldo e credibilidade naquilo que estou me propondo a fazer e a oferecer. Nesse sentido, isso ajuda sim. Creio ter um voto de confiança dos meus seguidores.

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