Heineken lucra R$ 19,47 bi em 2021 e amplia vendas em mais de 10% no Brasil no 4º tri
O Grupo Heineken conseguiu se recuperar em 2021 dos prejuízos acumulados em 2020. Nesta quarta-feira, a companhia divulgou o seu balanço do quarto trimestre do ano passado e indicou ter apresentado lucro líquido de 3,32 bilhões de euros (aproximadamente R$ 19,47 bilhões) em 2021. O resultado positivo foi alcançado após o déficit de 204 milhões de euros (R$ 1,196 bilhão, na cotação atual) de 2020.
Pesou para isso o crescimento de 11,3% da receita do Grupo Heineken na comparação com o ano anterior, chegando a 21,941 bilhões de euros. Além disso, o volume de cerveja vendido pelo Grupo Heineken cresceu 4,6% em 2021, com uma expansão ainda maior, de 6,2%, no último trimestre do ano. A companhia, ponderou, porém, que a desvalorização das moedas do Brasil e da Nigéria provocou impacto cambial de 515 milhões de euros nas suas contas em 2021.
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Essa recuperação se deu atrelada a uma estratégia bem semelhante à adotada no mercado brasileiro, com a empresa apresentando crescimento global de 17,4% em volume da Heineken, a sua principal marca. Já aquelas consideradas premium responderam por 60% de uma expansão de 10%.
E o Brasil teve participação nessa recuperação do Grupo Heineken em 2021, com a companhia apresentando trajetória de crescimento no consumo de cervejas no país ao longo do quarto trimestre. De acordo com os comentários do balanço divulgado nesta quarta-feira, o aumento do volume foi superior a 10%. Isso reverteu a tendência de queda apresentada no trimestre anterior, também em torno de 10%, quando a companhia adotou a estratégia de reforçar a sua atuação no portfólio premium, no qual é liderada por Heineken e Eisenbahn.
Nas Américas, o volume consolidado de cerveja cresceu 8,2% no ano passado, em linha com os resultados de 2019. Já no Brasil, até houve queda no volume de cerveja vendida em 2021, com o recuo ficando entre 1% e 4%. Mas isso foi compensado no valor da participação da companhia no mercado.
No Brasil, o volume de cerveja cresceu mais de 10% no quarto trimestre, impulsionado por nossos portfólios premium e mainstream. Para o ano inteiro, ganhamos participação de valor na cerveja, pois os fortes efeitos de preços e premiumização mais do que compensaram um declínio de um dígito no volume. Reforçamos nossa liderança em premium e crescemos cerca de 30% em volume liderados pela Heineken e Eisenbahn
Grupo Heineken, em comentários do balanço do 4º trimestre de 2022
Isso se deu com o portfólio premium do Grupo Heineken expandindo em torno de 20% em 2021 nas Américas, com participação decisiva da marca Heineken no Brasil. Segundo a companhia, o seu volume é, hoje, o dobro do nível pré-pandemia no país. A empresa também destaca o crescimento de mais de 10% da Lagunitas, além do aumento da participação no mercado da Eisenbahn. “No Brasil, estamos aproveitando a força do Sistema Coca-Cola para aumentar significativamente a distribuição da Eisenbahn”, diz.
Com essa expansão, o mix de preços do Grupo Heineken nas Américas cresceu 10,3%, impulsionado pela forte premiumização e alta dos valores cobrados pelas suas cervejas no Brasil, com a receita líquida por hectolitro crescendo em torno de 30%.
Além disso, as cervejas mainstream também aumentaram o volume vendido no país no ano passado. “Nosso portfólio mainstream cresceu em torno de 20%, liderado por Amstel, Devassa, os lançamentos de Tiger e, mais recentemente, Amstel Ultra”, comenta a companhia.
Já a expansão no mercado das cervejas sem álcool ou de baixa graduação alcoólica foi de cerca de 30% nas Américas, influenciada diretamente pelo desempenho da 0.0 no Brasil. Segundo a companhia, ela mais do que dobrou, tornando o país o maior mercado global dessa linha do grupo.
O Grupo Heineken também destacou o crescimento da sua plataforma B2B, destinada a vendas para bares, restaurantes e varejistas, o HeiShop, que terminou o ano passado com 100 mil clientes ativos no país.
Deixada em segundo plano, a carteira de cervejas econômicas caiu cerca de 30% em volume no Brasil. E outras bebidas recuaram 44,9% no ano nas Américas, algo provocado pelo encerramento da linha de refrigerantes PET de 2 litros no país.
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