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Grupo Heineken aumentará preços da cerveja em todo o mundo em 2022

preços heineken
Companhia projeta alta de cerca de 20% nos custos produtivos por hectolitro de cerveja neste ano

As cervejas do Grupo Heineken vão sofrer reajustes nos preços ao longo de 2022 em todo o mundo. Na sequência da apresentação do balanço financeiro do quarto trimestre de 2021, executivos da companhia reconheceram desafios para lidar com o avanço da inflação global, considerada a pior em uma década pela empresa, algo que tem afetado os custos produtivos. E adiantaram que vão repassá-los ao consumidor ao longo deste ano.

O Grupo Heineken projeta um crescimento dos custos por hectolitro (100 litros) de cerveja em torno de 15% por causa do aumento do valor das commodities, da energia e de frete, além de suas posições de hedge. Assim, a companhia realizará aumento nos preços da cerveja, embora reconheça que isso possa causar redução do consumo, pois a população já está com seu poder de compra afetado pela inflação, ameaçando a continuidade da recuperação dos piores momentos da pandemia do coronavírus.

Leia também – Heineken lucra R$ 19,47 bi em 2021 e amplia vendas em mais de 10% no Brasil no 4º tri

“Esperamos ser significativamente impactados pela inflação e pelas pressões de resiliência da cadeia de suprimentos. Mais especificamente, esperamos que nosso custo de insumo por hectolitro aumente em torno de 15% devido às nossas posições de hedge e ao forte aumento nos preços de commodities, energia e frete. Vamos compensar esses aumentos de custo de insumos por meio de preços em termos absolutos, o que pode levar a um consumo de cerveja menor”, explica o Grupo Heineken.

A companhia também admite incertezas quanto ao desempenho em 2022, apontando que os desafios impostos pela pandemia do coronavírus permanecem e devem dificultar os resultados da cervejaria ao longo do ano, especialmente na Europa, continente no qual espera uma recuperação mais demorada.

Em 2022, continuaremos a navegar em um ambiente incerto e esperamos que a Covid-19 ainda tenha impacto nas receitas. Nossos planos pressupõem que os mercados na região Ásia-Pacífico se recuperem progressivamente durante o ano, mas a recuperação total do on-trade na Europa pode demorar mais

Grupo Heineken

A revelação de que a companhia aumentará o preço das suas cervejas ao longo de 2022 foi realizada durante a teleconferência após a apresentação dos resultados do quarto trimestre de 2021. E ainda que temendo a redução do consumo, a companhia segue com a previsão de obter um lucro operacional de 17% em 2023, embora tenha destacado que pode revisar esse número no final deste ano.

O Brasil foi um dos destaques do balanço do Grupo Heineken no quarto trimestre de 2021, com aumento do volume de cerveja consumido superior a 10% no período. Assim, contribuiu para a reversão de um cenário negativo. Afinal, após ter prejuízo de 204 milhões de euros em 2020, a companhia obteve lucro líquido de 3,23 bilhões de euros em 2021. Além disso, a sua receita no ano passado foi de 21,941 bilhões de euros, uma expansão de 11,3%.

Outro destaque do balanço foi o desempenho da marca Heineken, com um crescimento no volume global de 17,4%. Para o grupo, esse resultado está relacionado com o sucesso de outras marcas dessa linha, citando a Heineken Silver, com uma graduação alcoólica menor – 4%. E após o êxito em alguns países, a companhia pretende levá-la para mais mercados ao longo deste ano, embora sem revelar quais.

“O excelente crescimento da Heineken foi ainda apoiado pelo forte desempenho de suas extensões de linha. A Heineken Silver mais do que dobrou seu volume, impulsionada por excelentes desempenhos na China e no Vietnã. Com base nesse sucesso, lançaremos a Heineken Silver internacionalmente para alcançar mais de 20 mercados em 2022”, adianta o grupo em trecho do seu relatório financeiro do quarto trimestre.

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