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Heineken sobe preço da cerveja no Brasil e aponta alta do dólar como justificativa

Cervejaria buscou tratar com naturalidade a decisão de aumento dos preços e não revelou quais marcas ficarão mais caras

O Grupo Heineken vai subir o preço das cervejas no Brasil a partir desta terça-feira. A multinacional diz que a elevação é necessária em função da alta do dólar, o que provoca o encarecimento de insumos que são importados e utilizados na fabricação dos rótulos, especialmente o malte e os materiais de embalagens.

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O dólar iniciou 2020 cotado a R$ 4,02, tendo fechado agosto com valor de R$ 5,49. Isso significa uma valorização de 36,57% do valor da moeda norte-americana em oito meses. Já em relação a setembro de 2019, a alta é de 32,29%.

“O reajuste de preços está relacionado à dinâmica natural do mercado brasileiro e à necessidade de compensar o impacto da valorização do dólar, uma vez que grande parte dos insumos envolvidos na produção das cervejas, incluindo, principalmente, o malte e materiais de embalagens, é importada”, explica a cervejaria em comunicado à imprensa.

A informação de aumento no preço dos produtos da Heineken foi veiculada na segunda-feira pela coluna Radar Econômico, da revista Veja. De acordo com a publicação, a elevação teria sido uma determinação da matriz da cervejaria, na Holanda, preocupada com os resultados globais ruins da companhia durante a pandemia. Essa ordem, porém, foi negada pela empresa. “A iniciativa é local e não está relacionada aos resultados globais da companhia”, diz a cervejaria.

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De fato, a pandemia do coronavírus afetou as contas da Heineken. De acordo com seu balanço do primeiro semestre, houve prejuízo de 297 milhões de euros. Além disso, a receita líquida global caiu 16,4% no período, influenciada pelas quedas de 13,4% no volume total consolidado e de 3,6% na receita líquida por hectolitro.

Os resultados, porém, variaram a depender do mercado. No Brasil, marcas especiais e mainstream tiveram crescimento de dois dígitos, impulsionadas pelo aumento da participação de Heineken, que cresceu cerca de 50%, e Amstel. Já na América como um todo, as vendas de cervejas caíram 15% no seu volume.

Aumento natural
A companhia buscou tratar com naturalidade a decisão de aumento dos preços. E o impacto sobre o consumidor dependerá do repasse que os estabelecimentos comerciais realizarem.

O preço da cerveja em domicílio, por exemplo, tem deflação no Brasil de 1,62% entre janeiro e julho. Já no segmento fora do domicílio, que ficou paralisado durante longo período, registra aceleração de 0,67% nos sete primeiros meses de 2020.

“A companhia reforça que essa é uma decisão habitual de negócios e que a atualização de preços é realizada anualmente, sempre respeitando nosso compromisso de transparência com o mercado, clientes e consumidores”, detalha a nota.

Além disso, a empresa não revelou quais produtos terão aumento em seus preços. “O Grupo Heineken no Brasil confirma que implementará, a partir de setembro, uma nova tabela de preços para alguns de seus produtos”, conclui a multinacional cervejeira.

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