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Entrevista do Gole: Impactos do contato com o álcool na infância

"Vejo pouca discussão nas redes sociais sobre responsabilidade do adulto que tem criança e bebe", afirma Rosely Sayão

O consumo abusivo de álcool é um problema sério e que merece atenção devido aos impactos negativos que provoca, não apenas em quem faz o uso em excesso, mas também naqueles que o cercam. Entre essas pessoas afetadas, encontram-se as crianças, que muitas vezes são expostas desde a infância a uma cultura e rotina de uso da bebida e, em alguns casos, até com o alcoolismo.

Os impactos dessa exposição precoce ao alcoolismo nas crianças foram discutidos no mais recente episódio do podcast “Hora do Gole“, conduzido por Eduardo Sena e que contou com a participação da psicóloga Rosely Sayão, com uma longa trajetória, incluindo colaboração com órgãos de imprensa, como o jornal O Estado de S. Paulo e a rádio BandNews FM.

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“Os adultos, com sua maturidade, sabem o que pode acontecer e deveriam proteger os mais jovens”, afirma Rosely. “É melhor manter as crianças fora disso. Se você sente que precisa desabafar, vá a um local que não seja público, como a casa de um amigo, e deixe as crianças em casa com outra pessoa. Não estou dizendo que o adulto responsável por uma criança não deve beber, mas quando ele tem a ideia, e geralmente tem, de que vai exagerar, o primeiro cuidado deve ser proteger as crianças e os adolescentes”, acrescenta.

A psicóloga enfatiza como o consumo de álcool, especialmente na presença de crianças, deve ser feito com maturidade pelos adultos. “Mas vivemos em um mundo cada vez mais carente de adultos maduros. Os adultos vivem em uma cultura juvenil que deixou o mundo carente de maturidade”, avalia.

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Ela também destaca, durante sua participação no “Hora do Gole“, que os adultos não devem esconder das crianças o fato de serem consumidores de álcool. No entanto pondera a necessidade de separar contextos. Além disso, enfatiza que os comportamentos dos adultos em relação às crianças terão efeitos no futuro.

“Muitos falam muito sobre tentar evitar que os jovens bebam, adoram demonizar a juventude e os adolescentes que bebem e exageram. Mas, de um modo geral, vejo pouca discussão nas redes sociais sobre a responsabilidade do adulto que tem criança e bebe. Já conheci famílias que bebiam apenas escondido dos filhos. No entanto, não é bom se comportar dessa maneira, pois é como se a bebida não existisse. E a bebida existe, e é nesse mundo em que ela existe que a criança vai viver, e seus pais bebem. Mesmo escondendo de você, eles bebem. A criança é muito mais esperta do que o adulto e descobre isso muito rapidamente”, argumenta.

Acompanhe mais da participação de Rosely no “Hora do Gole“, o que inclui, além da avaliação sobre o impacto do contato com o alcoolismo na infância, abordagens sobre sua trajetória como educadora social e psicóloga, acessando o link:

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