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Harmonizando potencial: As tendências dos bares especializados em artesanais

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Presidente da Abrasel-MG, Ricardo Rodrigues conta que qualidade e harmonização são hoje diferenciais decisivos (Crédito da imagem: Lucas Pêgo)

A cerveja artesanal, felizmente, caiu no gosto do brasileiro. E, junto com ela, toda uma enorme rede de produção sofreu um impacto positivo e precisa, aos poucos, frente à nova realidade, adequar-se ao saboroso estilo desse novo mercado. É o caso do segmento de bares e restaurantes, diretamente impactado pela ampliação da oferta de rótulos especializados e do consequente amadurecimento do paladar nacional.

Para entender melhor esse mercado e o seu potencial, o Guia da Cerveja realizou uma entrevista com Ricardo Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) e sócio-proprietário do tradicional restaurante Maria das Tranças.

Confiante no potencial do setor, que cresce expressivamente ano após ano, Rodrigues assegura: não há qualquer risco de saturação mesmo com o aumento exponencial da oferta de bares especializados em cerveja.

O presidente da Abrasel-MG conta também que a qualidade será o grande diferencial para impulsionar esses estabelecimentos e revela um dos novos segredos para conquistar o consumidor: a aposta na harmonização.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Ricardo Rodrigues, presidente da Abrasel-MG e sócio-proprietário do Maria das Tranças.

Qual o potencial da cerveja artesanal para o mercado de bares e restaurantes?
Estamos sentindo em Belo Horizonte, na quantidade de fábricas de cerveja artesanal, nos bares e restaurantes com exclusividade das grandes companhias, ou mesmo nas que não têm, mas que estão buscando um diferencial, que o crescimento de cerveja artesanal está sendo muito grande. É enorme o potencial. O público mineiro e nacional tem buscado essa cerveja diferenciada. Está caindo na graça da galera.

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E como o setor está trabalhando o desenvolvimento desse potencial?
Estamos evoluindo. Em Belo Horizonte, inclusive, temos uma lei tramitando na Câmara dos Vereadores para que bares possam virar brewpubs e fazer a fabricação da sua própria cerveja, seu próprio chopp em escalas pequenas [trata-se do Projeto de Lei 475/2018, proposta para que qualquer cervejaria que tenha área menor de 720 m² tenha as mesmas exigências de localização e fiscalização sanitária de um bar].

Quais as características de um bom estabelecimento de cerveja artesanal?
A premissa é a qualidade. Em Belo Horizonte, por exemplo, tem um consumidor de qualidade, que sabe, que entende de produção. E o bar, então, precisa de um ponto de partida diferenciado. Quem entende isso sai na frente em relação a outras casas.

Como essa qualidade pode ser trabalhada?
Nela precisa acompanhar uma boa gastronomia, a questão do atendimento, de produtos. As casas estão investindo em harmonização. Elas já buscam hoje não apenas uma cerveja especial, mas uma harmonização com pratos, criando cervejas para o próprio cardápio. Isso é muito interessante: buscar uma cerveja só para o cardápio. Se não acha, cria.

Com a abertura de inúmeros bares especializados nos últimos anos, é preocupante o risco de saturação?
Creio que não existe esse risco. Se as grandes companhias em nível mundial têm se preocupado em adquirir pequenas cervejarias para investir nesse mercado, então vemos que ele tem potencial e incomoda. As grandes estão preocupadas. Temos vários casos no Brasil de grandes comprando artesanais para se manterem nesse mercado que está crescendo.

Que modelo internacional de negócio poderíamos nos inspirar? Qual característica de mercado mais se assemelha com a nossa?
Temos várias escolas na hora em que pensamos qual tipo seguir. Temos a linha da escola norte-americana, da alemã, da europeia. Estamos bem divididos. Sentimos aqui um volume de cervejas que tem vindo das duas, não especificamente de uma escola única. É bem diversificado. O segredo para um bar é sentir o que o seu público vai consumir mais. Mas é bem eclético quando pensamos onde nos embasar.

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