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Polícia diz estar perto de “resultado”; Backer pede “não bebam a Belorizontina”

Em entrevista coletiva, diretora de marketing da Backer (na foto) afirmou que "mercado cervejeiro não pode ser indiciado"

O delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Flávio Grossi, responsável pelas investigações de contaminação de lotes da Backer, disse que está próximo de definir uma tese sobre o que aconteceu. Até o momento 17 pessoas desenvolveram sintomas da síndrome nefroneural, causada pela substância dietilenoglicol, encontrada em cervejas da marca mineira – duas delas morreram.

“Acredito que em breve, pela celeridade das investigações, nós vamos ter algum resultado, nem que seja para fechar uma linha investigativa”, disse o delegado em entrevista na tarde desta terça-feira à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.

Também participou da conversa o superintendente da Polícia Técnico-Científica Thalles Bittencourt, que está a frente das perícias do caso. Ele informou que é improvável que a cerveja tenha sido contaminada fora da fábrica da Backer.

Escute a entrevista dos policiais na íntegra no site da Rádio Itatiaia

“A gente pode dizer que tem (dietilenoglicol) no sangue, tem na cerveja da casa dos pacientes, tem na cerveja de dentro da fábrica e tem no tanque de resfriamento. Agora, o modo como isso se deu é algo que a investigação dirá”, informou Thalles.

Os policiais informaram ainda que, dentro da cervejaria Backer, foram encontrados tanto dietilenoglicol quanto monoetilenoglicol no sistema de resfriamento. “No tanque de onde sai todo o líquido refrigerante que vai resfriar os tanques da empresa existe o mono e o dietilenoglicol”, revelou Thalles.

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Posição da Backer
A compra de monoetilenoglicol foi admitida pela cervejaria Backer, que inclusive apresentou notas fiscais à polícia. Mas a empresa continua negando que tenha comprado dietilenoglicol.

“A Backer nunca comprou, desde nosso primeiro tanque até o momento, esse dietilenoglicol. Nós usamos o monoetilenoglicol. Ele é o líquido refrigerante usado em nossos 70 tanques para refrigeração da cerveja, usado pela nossa cervejaria e centenas de outras no Brasil e no mundo inteiro”, destacou Paula Lebbos, diretora de marketing da Backer, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira.

Leia também – Cidade mineira confirma segunda morte com sintomas da síndrome nefroneural

A diretora de marketing também esclareceu que a cervejaria possui processos internos bem definidos e que os lotes da Belorizontina foram fermentados no tanque de número 10, que foi lacrado e está sendo periciado. “Isso é um mistério para nós. As autoridades constataram que houve algum problema aqui dentro e eles estão investigando, em breve teremos uma resposta.”

Paula falou, ainda, que o momento exige ponderação. Assim, segundo ela, as cervejarias artesanais brasileiras não podem ser condenadas pelo que aconteceu. “O mercado cervejeiro não pode ser indiciado”, pediu.

Preocupada com a contaminação, a diretora da Backer fez também um apelo aos consumidores. “O que eu preciso agora é que vocês não bebam a Belorizontina, qualquer que seja o lote, por favor”, reforçou Paula, dando a mesma orientação para a cerveja Capixaba, que é produzida no mesmo tanque e tem a mesma receita da Belorizontina.

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