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Cervejarias portuguesas se unem e reforçam campanha contra o racismo no futebol

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Ação ocorreu após caso de racismo contra o malinês Marega, do Porto. Países como Alemanha e Holanda também apresentaram reação

O caso de racismo contra o atacante malinês Moussa Marega, do Porto, ocorrido em partida do Campeonato Português, estimulou a união entre duas marcas de cerveja. A Super Bock e a Sagres, duas das principais referências do setor em Portugal, realizaram uma campanha conjunta de combate ao preconceito racial.

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“Contra o racismo, não há rivais”, afirmam as cervejas em ação conjunta, publicada nas redes sociais de ambas, contendo uma imagem que estampa as garrafas das duas marcas.

A campanha da Sagres e da Super Bock reforça a relação entre cervejas e o futebol, algo usual no mundo e também em Portugal. A Super Bock, por exemplo, é patrocinadora do Porto – o time de Marega -, do Sporting Lisboa e do Campeonato Português, torneio no qual o ato racista aconteceu. Já a Sagres é apoiadora da seleção portuguesa, da Copa de Portugal e da Supercopa de Portugal.

O ato racista ocorreu no último domingo, durante a vitória do Porto sobre o Vitória de Guimarães, por 2 a 1, fora de casa. Marega decidiu abandonar o campo, pedindo para ser substituído, em reação contra as ofensas racistas que vinha recebendo de torcedores do time mandante.

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Inicialmente, jogadores do Porto e o treinador Sergio Conceição não concordaram com a decisão de Marega de sair da partida. Alguns deles, inclusive, tentaram até segurá-lo para demovê-lo da ideia de deixar o campo.

Depois, contudo, a substituição se concretizou. E, na saída do campo, o jogador malinês fez gestos obscenos em direção aos torcedores do Vitória de Guimarães.

Marega já havia protestado ao marcar o segundo gol da partida, ao celebrar apontando para o seu braço direito – torcedores do Vitória de Guimarães jogaram cadeiras em sua direção nesse momento e o árbitro Luis Miguel Branco Godinho lhe deu o cartão amarelo. Minutos depois, o atacante malinês decidiu sair da partida.

“Gostaria apenas de dizer a esses idiotas que vêm ao estádio fazer gritos racista: vá se foder. E também agradeço aos árbitros por não me defenderem e por terem me dado um cartão amarelo porque defendo minha cor de pele. Espero nunca mais encontrá-lo em um campo de futebol. VOCÊ É UMA VERGONHA!”, escreveu Marega em seu perfil no Twitter.

Reação ao racismo
O caso de racismo vindo das arquibancadas portuguesas foi apenas mais um diante de um histórico recente de incidentes nos estádios europeus, com ocorrências recorrentes na Itália – muitos deles contra Mario Balotelli, atacante ícone do futebol local – e também na Espanha.

Como reação, a Holanda apresentou no início do ano um plano de combate a esses atos que inclui 20 medidas para prevenir, detectar e punir o racismo nos estádios e no ambiente ao redor do esporte.

Na semana passada, em uma partida pela terceira divisão da Alemanha entre Preussen Münster e Würzburger Kickers, torcedores se uniram para expulsar um racista do estádio e encaminhá-lo à polícia.

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