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Entrevista: Bia Amorim fala sobre reality da Eisenbahn e cultura cervejeira

Bia Amorim é sommelier e uma das juradas do Mestre Cervejeiro Eisenbahn
Sommelière e jurada do Mestre Cervejeiro da Eisenbahn, Bia acredita que a pluralidade da cena cervejeira brasileira é a chave para a popularização

Imagine um reality show em que todos os participantes fossem muito parecidos. Haveria pouca possibilidade de discussão, discordância e, consequentemente, menos emoção. Felizmente não é isso o que está acontecendo na segunda temporada do Eisenbahn Mestre Cervejeiro, pois ele reflete a pluralidade da cena cervejeira brasileira. Essa é a opinião de Bia Amorim, sommelière e jurada do programa.

“O clima tem competição sim, mas não a ponto de alguém passar uma rasteira no outro”, relata Bia, que também é criadora da revista Farofa Magazine.

Em uma conversa exclusiva com o Guia da Cerveja, ela falou ainda sobre como os participantes encaram a produção de cerveja e o futuro de quem sai do programa criado pela Endemol Shine Brasil, desenvolvido pela SunoCreators e que vai ao ar no Multishow e na TV Globo.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Bia Amorim, jurada do Mestre Cervejeiro.

A comunidade cervejeira vem crescendo de maneira a estreitar laços entre seus membros, e o que o programa Eisenbahn Mestre Cervejeiro propõe é uma competição. Qual é o clima do programa em relação à competição?
A comunidade cervejeira é formada por nichos. Dentro desses mini universos diferentes pessoas circulam e se conhecem. O programa tem esse intuito também, mostrar pessoas diversas e a forma como a cerveja os une. O clima tem competição sim, mas não a ponto de alguém passar uma rasteira no outro – e não é nem esse o intuito do reality. Todo mundo sai dali muito amigo. Chama para fazer cerveja junto, carregar e moer o malte, beber e jogar conversa fora. A turma da primeira temporada se encontra até hoje.

Em que âmbito da cultura cervejeira ele deve ter mais repercussão: fomentando a tradição da degustação, incentivando o homebrewing ou outra faceta desse universo?
Acredito muito que quanto mais plurais nós formos, mais vamos alcançar diferentes paladares. A cerveja artesanal não tinha chegado desta forma, tão legal e leve na TV aberta. Pouco se mostrava dentro dos programas ligados às áreas de culinária e bebidas sobre cerveja feita em casa. No Eisenbahn Mestre Cervejeiro, unimos todos esses temperos em uma receita de sucesso. Ensinamos de uma forma descontraída os vários estilos, que fazer cerveja em casa precisa de conhecimento – mas não é um bicho de sete cabeças – e que a Pilsen é mais uma em um universo de possibilidades.

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Você vê o risco de o programa se comunicar apenas com um nicho, ser atraente só para cervejeiros relativamente avançados?
Um dos pilares de Eisenbahn é democratizar o acesso à cerveja de qualidade e disseminar o conhecimento cervejeiro. Esse é um dos principais objetivos do programa, que une duas paixões do brasileiro: cerveja e reality show. Muita gente de fora do meio cervejeiro veio me contar que assistiu e curtiu muito, que já está torcendo para uma pessoa, que achou divertida a participação do Thiago Carmona, apresentador e comediante.

De maneira geral, qual é o nível técnico dos participantes e de sua produção?
Temos de tudo. Ali eu encontrei pessoas apaixonadas pela ciência em fazer cerveja. Ainda tem quem goste de executar os processos sem se preocupar com a rebimboca da parafuseta. E aqueles que tem o maior prazer quando a cerveja está pronta e só. Alguns não sabem a diferença entre lúpulo americano do inglês. Mas a receita, quando na panela, circula maravilhosamente bem, as leveduras trabalham a seu favor. São muitos perfis que refletem a grande diversidade de público que o segmento de cervejas caseiras dialoga.

Que caminhos você vê para os participantes no futuro? Que lugar pessoas com esse nível de conhecimento, qualidade de produção e visibilidade podem ter mercado atual?
O concurso atrai pessoas que gostam do prazer destes processo de fabricação de cervejas, da união com as pessoas, o deleite de ter em casa uma boa cerveja do jeitinho que quiser. Quem cobiçar trabalhar na área tem que ralar como todo mundo. É preciso carregar saco de malte pesado, fazer contas, vivenciar a cultura cervejeira, divulgar as boas práticas, o consumo consciente, provar de tudo, conhecer o mercado… Estamos em um trabalho de formiguinha e todo novo parceiro é bem-vindo.

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