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Com IPO na Ásia, InBev esquenta disputa com locais por mercados emergentes

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Repletos de mercados emergentes, Ásia e Pacífico são palco da disputa de grupos locais e globais por fatias do mercado cervejeiro

Depois de ter sido adiado, o IPO (Initial Purchase Order, sigla em inglês para a oferta inicial das ações de uma companhia) da subsidiária asiática da AB InBev aconteceu e tumultuou ainda mais o tabuleiro do mercado cervejeiro na Ásia. No continente, dominado por marcas locais, as gigantes globais ainda têm participação tímida, mas se mexem para conseguir fincar suas bandeiras em mercados emergentes.

Inicialmente anunciado como o provável “maior IPO do ano”, com possibilidade de ultrapassar os US$ 11 bilhões levantados na abertura de capital do Uber na bolsa norte-americana, a oferta da Budweiser APAC na bolsa de Hong Kong estava programada para julho, mas foi cancelada por conta das “condições do mercado”.

Na segunda tentativa, dia 22 de setembro, a abertura aconteceu com os preços de ações perto do mínimo previsto, levantando “apenas” US$ 5 bilhões – o segundo maior IPO do ano. Uma semana depois, a companhia pôs à disposição dos acionistas um lote adicional, que levantou mais US$ 750 milhões.

Com essa movimentação, a AB Inbev se posiciona para novas investidas no disputado comércio asiático. Na China, maior mercado do mundo e considerado por especialistas como extremamente fragmentado, o domínio é das marcas locais.

Com 25%, a cervejaria com maior fatia das vendas é a China Resources Enterprises, fabricante da Snow Beer, líder do mercado chinês e rótulo mais vendido no mundo em volume. A cervejaria, até 2016, formava uma joint venture com a SABMiller, que foi compelida, por questões regulatórias, a abrir mão de seus 49% de participação quando foi arrematada pela AB InBev. Dois anos depois, a Heineken comprou 40% da China Resources Enterprises.

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Atuando principalmente com marcas premium, a AB InBev é a terceira maior em share de mercado na China, com 13%, o que prova que ainda há bastante espaço para o crescimento, segundo analistas.

Sudeste asiático
Além da China, os olhares das grandes companhias globais estão se abrindo, também, para os países emergentes do sudeste asiático. Para as gigantes, a região é estratégica por seu potencial de crescimento: a população dos países da região deve crescer de 660 milhões para 700 milhões nos próximos 6 anos.

Lá, a briga também tem se desenrolado com a compra de cervejarias locais por grupos maiores. “Muitos dos líderes no sudeste asiático são cervejarias locais com forte conhecimento regional e redes de distribuição”, afirma Jarred Neubronner analista da Euromonitor.

Em 2017, a tailandesa Thai Beverage comprou a fabricante da maior companhia do Vietnã, a Sabeco (Saigon Beer Alcohol Beverage Corp), por US$ 4,8 bilhões, o que a catapultou ao posto de maior cervejaria em volume do sudeste asiático. Seus planos são ambiciosos: a compra de uma marca do Camboja está no radar e, até o ano de 2025, a ThaiBev deve investir US$ 230 milhões na renovação de plantas por toda a região.

A AB InBev não figura nem entre as dez maiores participações nos mercados emergentes do sudeste asiático. “A aquisição de empresas locais é uma alternativa se a AB InBev deseja aumentar sua participação na região e aproveitar a expertise de quem já está estabelecido”, analisa Neubronner.

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